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CAPITAL FASHION WEEK » Brasília na moda

No segundo dia do evento, estilistas estreantes brilham, com destaque para a coleção inspirada em ícones da cidade. Programação segue até domingo.

As peças da estilista Viviane Kulczynsk, que produz roupas femininas há apenas um ano, chamaram a atenção do público e de especialistas.

O segundo dia de Capital Fashion Week (CFW), ontem, foi aberto pelos três designers recém-descobertos pelo evento, por meio do concurso Novos Talentos, promovido desde 2005 e já reconhecido por quem está EM início da carreira. “Aqui, sem dúvida, é o melhor lugar para começar, então, é uma realização enorme para gente”, afirma Marcela Botelho, designer que abriu a passarela na tarde de ontem com uma coleção bem romântica. O desfile do outro novo talento, Paulo Bastos, chamou atenção pelas bolsas grandes com estampas coloridas com o tema tropical. Nas roupas: minimalismo. 

Estreante, a designer Marcela Botelho trouxe coleção romântica.

Por fim, ainda entre os novatos do evento, Viviane Kulczynsk mostrou experiência, apesar de apresentar suas peças no CFW pela primeira vez. Na capital há apenas três anos, há quatro, ela começou a criar roupas infantis e, desde o ano passado, entrou para o universo da moda feminina adulta. Fez pós-graduação em design de moda e cursos com japonês Shingo Sato e com o estilista brasileiro Jum Nakao. Na coleção desfilada ontem: estampas e cortes a laser em couro que lembram os cobogós típicos de Brasília.

A passarela do CFW recebeu ainda na noite de ontem as marcas Silvia Natashy, Nágela Maria, Apoena e Estampando by Lis e Wos Trilha — com padronagens inspiradas, segundo elas, em tudo que é brasileiro. “Carmem Miranda, funk carioca, favelas”, enumera Lis. 

A programação do Capital Fashion Week, iniciada na quarta-feira, segue até domingo.

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Superação na passarela

Entre os destaques da semana de moda da capital não há artistas globais, mas pessoas que estão construindo a carreira aos poucos. André Lugoni, 34 anos, é uma delas. Depois de morar na rua e enfrentar o vício em crack, ele estreia no evento. 

O mineiro fez o que parece impossível para a maioria: lutou e venceu a droga que já tinha lhe transformado em um mendigo e o levado a roubar e perder o contato com a família. No vício por uma década e depois de três internações em casas de recuperação até superar de vez o crack. “Eu perdi muito tempo. Vivia como um zumbi e cheguei a pesar 60 quilos. Mas sou a prova de que é possível se recuperar.” Convencido pela irmã a deixar Uberlândia, onde morava, e passar um tempo em uma casa de reabilitação em Luziânia (GO), Adriano se livrou da droga em 2005. Começou a vender mel para ajudar a instituição que o salvou, mudou-se para o Gama e casou-se assim que recebeu alta.

Descobriu que levava jeito para a carreira de modelo depois de posar para um book que fez para registrar a chegada do primeiro filho — hoje, tem dois meninos. Os amigos passaram a incentivá-lo. Deu certo. Logo vieram os primeiros testes e trabalhos. Em 2009, fez fotos ao lado de Ronaldo, o Fenômeno. Tornou-se garoto-propaganda do serviço Disque-Racismo, da Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial do GDF. Desde então, ele e se divide entre a função de pai, secretário em uma empresa de assessoria internacional e desfiles, fotos e figurações em comerciais de tevê. 




Por:  Renata Rusky - Correio Braziliense - 15/08/2014


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