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À QUEIMA-ROUPA: Paulo Tadeu Conselheiro do Tribunal de Contas do DF

"Ninguém pense que vamos sucumbir a pressões"
 
Há desconforto em relatar as contas do ex-governador Agnelo, que o nomeou para o Tribunal de Contas do DF?
As contas são analisadas ano a ano. Já participei da análise das contas de 2013, que foram aprovadas pelo Tribunal de Contas e pela Câmara Legislativa. Ninguém questionou minha posição naquele momento. Não tenho dúvida de que meu trabalho tem sido pautado por um comportamento técnico. E assim será ao analisar as contas de 2014, buscando o equilíbrio entre os aspectos jurídicos, técnicos e a realidade social que levou ao posicionamento dos gestores. Estou muito tranquilo quanto ao meu papel na análise das contas.
 
Mas o fato de ser ex-petista influencia o seu posicionamento? E a força da opinião pública?
Ninguém ache que pode pressionar o Tribunal de Contas para aprovar ou reprovar as contas. Vamos considerar o que dizem o corpo técnico, o Ministério Público e a defesa do (ex)-governador Agnelo. Ninguém pense que vamos sucumbir a pressões. Não tenho  nenhum problema quanto a isso. Não vai afetar o meu trabalho de nenhuma maneira.

Há muitas divergências entre o que diz o atual governo e o de Agnelo sobre as contas de 2014. Seu relatório dará uma resposta definitiva sobre a existência ou não do rombo no caixa do GDF?
Com certeza. O relatório vai trazer uma resposta para a sociedade e uma certeza do que ocorreu, se houve rombo e descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. Tudo vai ser analisado. Não tem como fugir, não tem como inventar números, manipular, maquiar. E temos de parar com essa história de que o Tribunal de Contas age de forma partidária.
 
Na disputa entre os deputados Wasny de Roure (PT) e Dr. Michel (PP), quem o senhor prefere ter a seu lado no plenário do TCDF?
É difícil para quem está no Tribunal de Contas apostar em A, B ou até mesmo num terceiro nome. Para nós, quem chegar lá precisa se despir da questão partidária e até mesmo da disputa política. Quem chegar lá será bem-vindo. Não dá para fazer esse tipo de torcida. É uma decisão soberana da Câmara Legislativa, à qual o governador Rodrigo Rollemberg tem condições de influenciar. Só nos resta receber bem o novo conselheiro.
 
2014 foi um ano atípico nas contas públicas?
Foi um ano atípico, até pela natureza da nossa legislação, que estabelece ao chefe do Executivo observar uma série de restrições e elementos no último ano do mandato. Por isso, foi um ano especial. O governo sabia disso. Foi alertado várias vezes pelo TCDF. 
 
O ex-governador Agnelo Queiroz lhe procurou para conversar sobre as contas de 2014?
Ele nunca me pediu nada em relação às contas. Ficou fora de Brasília nos últimos meses e só retornou agora. Não nos encontramos. Mas o (ex) governador tem todo o direito de apresentar a sua defesa e de pedir uma audiência para uma conversa no Tribunal de Contas. É só marcar.

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Vai falar


Integrantes do PT têm se incomodado com a demora do ex-governador Agnelo Queiroz (PT) em se apresentar ao partido para dar explicações sobre a herança maldita descrita por Rodrigo Rollemberg. O petista voltou a Brasília há duas semanas, depois de uma temporada entre Miami e Buenos Aires, e está organizando a vida. A correligionários, Agnelo tem dito que vai falar.


Remoção
É pouco provável que Agnelo Queiroz volte às salas de cirurgia do Hospital de Base. O caminho deve ser uma requisição da Secretaria de Saúde para a liderança do governo no Senado. O ex-vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB), agora no papel de chefe de gabinete da secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, tem ajudado nessa articulação.



“Somos defensores da unidade nacional na construção de um projeto nacional de desenvolvimento para todos e para todas. E isso implica agora, neste momento, ir para as ruas entrincheirados com arma na mão se tentarem derrubar a presidente Dilma Rousseff” 
(Vagner Freitas, presidente da CUT)



Fonte: Ana Maria Campos – Coluna “ Eixo Capital” Correio Braziliense – Fotos: Breno Fortes/CB/D.A.Press – Roberto Parizotti (CUT) – ED Alves/CB/D.A/ Press,

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