Na quinta (27) haverá o primeiro
Diálogos da Orla com representantes do Ibram para discutir ocupação pública na
faixa de 30 metros que está sendo desobstruída
Com a desobstrução da orla do Lago
Paranoá iniciada na segunda-feira (24), o governo local entra na fase de
consulta à sociedade com o objetivo de concluir a elaboração do plano para
recuperar a área degradada. Na quinta-feira (27), ocorrerá o primeiro Diálogos
da Orla, encontro da população com representantes do Instituto Brasília
Ambiental (Ibram) para discutir a ocupação pública da faixa de 30 metros a
partir da margem. A reunião será na Administração Regional do Lago Norte, no
Centro de Atividades 5, das 19 às 21 horas.
Na ocasião,
será apresentado o esboço do documento produzido pelo instituto. O texto está
baseado em sete eixos — comunicação social, cultural, econômico, jurídico,
participação social, segurança e território — e tem 40 diretrizes principais.
"Ele será a base da discussão que deverá estar de acordo com os parâmetros
técnicos de manejo e de uso do local", afirma a presidente do Ibram, Jane
Vilas Bôas. Por ser área de preservação permanente, deve ser ocupada com critérios
ambientais.
Com a
finalização do plano, o governo terá condições de indicar quais construções
feitas por moradores em solo público poderão permanecer e ser usadas por toda a
população e quais deverão ser retiradas. Neste caso, o custo caberá ao cidadão
que se apropriou indevidamente do terreno. "Em algumas situações, retirar
pode ser mais prejudicial ao ambiente do que manter o equipamento, mas isso só
saberemos depois de avaliar o lugar", diz Jane.
Depois de
retiradas as cercas, os muros e os alambrados, técnicos do Ibram farão o
inventário de tudo o que foi construído na faixa de preservação. O órgão
participa da desobstrução para evitar que a ação do governo degrade ainda mais
a orla e que entulhos atinjam o espelho d'água.
Plano de
recuperação
O objetivo do planejamento é restaurar
ecologicamente a área de preservação permanente que circunda o Lago Paranoá.
Por se tratar de terreno urbano, é possível instalar equipamentos públicos
nela. "Em alguns trechos não é o caso de repor a vegetação ou de retirar
uma quadra esportiva, e essa avaliação estará no documento que será entregue ao
Ministério Público [do DF e Territórios]", explica a presidente do
instituto.
Ao fim de cada etapa da desobstrução, as
frações serão abertas à comunidade e mantidas pelo Ibram. A previsão de término
da primeira fase, que engloba a QL 12 do Lago Sul e a QL 2 do Lago Norte, é de
60 dias.
Diálogos
da Orla
Encontro da
população com representantes do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) para
discutir plano de recuperação de áreas degradadas 27 de agosto
de 2015 (quinta-feira) Das 19 às 21
horas-Auditório da
Administração Regional do Lago Norte (Centro de
Atividades 5, Conjunto J, Bloco A, 3º andar)
Fonte: Agência Brasília - ( http://www.df.gov.br/agencia-brasilia.html )