Sente-se
confortável em assumir a presidência do PSDB-DF num processo de intervenção?
É falsa a
premissa de intervenção agora. A intervenção vem desde 2013 e nossa missão é
justamente reorganizar o partido. Sou deputado federal eleito pelo partido e em
toda a história eleitoral do DF o PSDB só havia conquistado uma cadeira na
Câmara em 1998.
A ex-governadora Maria de Lourdes Abadia fez muitas críticas
ao senhor. Disse que o senhor é desagregador, que não tem experiência política
e só tem projeto pessoal... O que acha disso?
Respeito
a história da deputada Abadia no PSDB, assim como a de outros tucanos pioneiros
do DF e muitos desses estão do meu lado. Fui líder da oposição ao governo dela
e talvez por isso ela não me perdoe. Mas não se faz política olhando pelo
retrovisor.
Abadia disse também que o senhor entra e sai toda hora de
partido... Está disposto a permanecer no PSDB?
Entrei no
partido a convite das grandes lideranças nacionais tucanas. E essas lideranças
entendem que o PSDB precisa ter no DF a mesma dimensão que tem no âmbito
nacional e é isso o que vamos procurar fazer.
Qual é o projeto do PSDB para 2018? Vai apoiar a reeleição de
Rollemberg, caso o governador planeje se candidatar novamente?
Estamos
preocupados com a crise que atinge o GDF e castiga nossa população, e por isso
vamos trabalhar pela governabilidade. Mas isso não representa necessariamente
apoio na próxima eleição.
O senhor se antecipou à derrubada na sua casa e recuou a
cerca nos limites definidos da orla do lago. Concorda com a ação do GDF?
Decisão
judicial se cumpre. Assim que vi que o recurso foi negado pela Justiça decidi
recuar a cerca porque vi que era uma decisão política do governo de derrubar.
Mas acho que deveria ter havido planejamento para que todos os moradores
agissem assim também.
E no plano nacional, acredita que a presidente Dilma Rousseff
tem condições de governar até o último dia do mandato?
Infelizmente,
a presidente e o PT perderam as condições de governabilidade. O país está à
deriva.
Aonde vai chegar a CPI da Petrobras?
Já
chegamos ao Rei, à Rainha e ao Príncipe. Lula, Dilma e José Dirceu.
Fonte: Ana Maria Campos - Coluna "Eixo Capital" - Correio Braziliense - Foto: Google