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Brasil segue pelos mesmos atalhos de sempre


Dentro do modelo de  presidencialismo de coalizão a  governabilidade só é estabelecida quando o capital eleitoral do presidente, traduzido pelo volume de votos, é convertido em capital político, ou seja, em apoios dentro do Legislativo. Trocando em miúdos, o presidente só governa se tiver apoio de uma base aliada.

De um lado forma-se o fisiologismo, com a troca de favores entre ambas as partes, dentro do princípio “é dando que se recebe”. De outro lado, favorece e incrementa a prática, tornada corriqueira, da compra de apoios, pura e simples. Em determinadas situações,  como na atual, já não bastam  a simples participação da sigla na composição dos ministérios e estatais. É preciso mais. Sempre mais. O mensalão e escândalos congêneres que se seguiram, tiveram suas origens neste exato modelo.

A crise, detonada pela mixagem de incúria e corrupção em larga escala, envolvendo esse e outros parceiros, implodiu essa relação pouco republicana, lançando o Executivo para um lado e Legislativo para outro oposto. Ambos, no entanto, para o fundo do poço. Mais ágil e articulado, os mais experientes buscam saídas para as crises.

Ao governo, apanhado de calças curtas, com a mão na cumbuca, deixado à pé em pleno deserto, resta entregar o restante das joias da coroa para livrar o pescoço. Orbitando por fora ,esta a população alheia as tramoias dessa súcia, chamada apenas a custear a construção do próprio cadafalso .

A frase que foi pronunciada:
“Eu dirijo e o governo desvia.”
(No para-choque de um caminhão na BR 005)


Por: Circe Cunha – Coluna “Visto, lido e ouvido” – Ari Cunha – Correio Braziliense – Foto/Ilustração: Google/Blog

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