Carlos Chagas
Tanto
faz se estão usando gazua, pistola ou punhal. A verdade é que ao propor a
elevação do imposto de renda das pessoas físicas, o ministro da Fazenda e sua
quadrilha assumiram a condição de assaltantes. Porque o assalariado não tem
como escapar do assalto. É descontado em folha ou perde-se no emaranhado de
declarações que só os contadores entendem, esbulhado por um poder público que
não retribui as contribuições com serviços e demais obrigações.
As
empresas sempre encontrarão mecanismos para aliviar a agressão, descontando
despesas particulares de seus diretores e utilizando artifícios que não raro
fazem o patrão pagar menos do que o empregado. Automóveis, mansões, refeições,
viagens e tudo o mais eles conseguem abater, mas quem vive de salário que se dane.
Junte-se
a redução de direitos trabalhistas, a elevação do custo de vida, as demissões
em massa e as incertezas de todo amanhecer para que se evidencie ter o governo
acabado. Não dá mais para continuar. Poderá o cidadão comum, envolto por mil
dificuldades, taxas e impostos, continuar emprestando apoio à incompetência dos
governantes?
IMPEACHMENT
Como
faltam três anos e quatro meses para o encerramento dessa farsa, outra saída
não existe: o impeachment da presidente da República, símbolo maior das agruras
que nos assolam. Fosse feita nova pesquisa, que aliás não demora, menos de sete
por cento dos consultados optariam pela permanência de Madame e seu governo.
Apesar da conturbação a ser causada pelo trauma, melhor assim do que assistir
as instituições postas em frangalhos.
Quanto
à recuperação, fica a dúvida: quem, organização, movimento ou partido, se
disporia a enfrentar o desafio? “Todo o poder ao Judiciário!” virou coisa do
passado. “Militares, nunca mais!” tornou-se imperativo categórico. “Tudo pelo
social” não deu certo. Muito menos copiar o “New Deal” dos americanos ou
aguardar um inviável “Plano Marshall”. Do fundo do poço, o anseio é por luz e
calor.
Deveria
a presidente Dilma ter presente a lição que Diógenes um dia passou em
Alexandre. Oferecendo o que ele quisesse em matéria de riqueza, joias e poder,
postado na frente do barril onde o filósofo morava, ouviu o futuro dominador do
mundo: “Majestade, não me tires o que não me poder dar”. É que Alexandre se
postara entre Diógenes e o sol…
MICHEL PRECISA DEFINIR-SE
Afinal,
o vice Michel Temer apoia ou não o aumento de impostos? Para os líderes do
PMDB, jura que não. Diante da presidente Dilma e de seus ministros, aceita
proposta…
******
CHARGE DO ALPINO
Compartilhado do Blog "Tribuna da Internet"