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COM HUMILDADE, SEM ARROGÂNCIA, PODERÁ DAR CERTO



Por: Carlos Chagas
Como ficará o Brasil, ou o que fará a presidente Dilma, caso o Congresso rejeite ou desfigure a maioria das medidas do pacote econômico anunciado esta semana?
Além de ficar mais aguda a fragilidade do governo, crescerá também a possibilidade de prosperar a proposta do impeachment de Madame. De derrota em derrota parlamentar, vão diminuindo as bases oficiais na Câmara e no Senado, atingindo em especial o PMDB, mas não poupando o PT e outras legendas.
Esperada para os próximos dias, a reforma do ministério, com a extinção de pelo menos dez pastas, servirá para engrossar a má vontade de deputados e senadores diante do palácio do Planalto. Aumentam também a insatisfação e a indignação populares contra sacrifícios incapazes de gerar benefícios.
Por tudo isso, desdobra-se o governo para não ser derrotado nos projetos anunciados pela equipe econômica, a começar pela criação da nova CPMF e o aumento de impostos, sem falar na suspensão dos reajustes salariais do funcionalismo público e na proibição de concursos públicos no ano que vem.
FALTA O ARTICULADOR
O problema é que falta alguém, na Esplanada dos Ministérios, em condições de coordenar politicamente as iniciativas da presidente Dilma. O último a desistir foi o vice-presidente Michel Temer, sendo que Aloísio Mercadante e os demais ministros palacianos não dão conta do recado. Com o Lula afastado, perde espaço até mesmo a hipótese de seu aproveitamento informal.
Numa palavra, a presidente parece cada vez mais isolada, Tem recebido conselhos para zerar tudo, começar de novo, escolher uma equipe totalmente diferente da atual e apelar para a união nacional. O principal obstáculo para essa solução está na própria personalidade dela. Já passaram os tempos dos presidentes tonitruantes e soberbos que tudo sabiam e tudo conduziam, à maneira de Ernesto Geisel.
Governar em conjunto parece bem diferente de governar em condomínio, beneficiando partidos que agora ameaçam saltar de banda. Empresariado, centrais sindicais, governadores, intelectualidade, meios de comunicação, entidades religiosas, militares, classe média e até juventude não se negariam, caso sensibilizados, mas será preciso chegar até eles com espírito de humildade, jamais com arrogância.
Caso contrário, deve o país preparar-se para convulsões, como as greves gerais sendo preparadas e as manifestações populares maduras para retornar às ruas.

CHARGE DO ALPINO 


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