Há muito perdi a paciência com gente que vive de
impor dificuldades para vender facilidades. A indignação, agora, vem da tal
regulamentação do Uber em São Paulo. Sim, o aplicativo criado na internet já
deve ter transformado em bilionário quem o inventou. Mas isso não é crime,
desde que atue dentro das regras do jogo, seguindo a lei e pagando os impostos
devidos. O inegável é que, onde existe, mundo afora, presta serviço de boa
qualidade ao cidadão e garante o digno sustento do trabalhador atrás do
volante.
Para alívio de quem odeia depender de burocratas, o
Uber já nasceu dando um pé no traseiro do Estado paquidérmico, de despachantes
e das máfias que se infiltram no sistema e vivem de arrendar “licenças” e
“pontos”. E também liberta o trabalhador do paternalismo que faz a alegria de
espertalhões políticos de direita, de esquerda, de centro. Basta, para aderir
ao serviço, que o motorista tenha um bom carro. Ou compre um e o financie com o
próprio suor das corridas, livre de permissões extorsivas ou de pedágios
exorbitantes de Zinhos e Zinhas da vida. Sem o auxílio da mãe disso ou do pai
daquilo.
Ao impor o pagamento de licença de R$ 60 mil para
que o Uber funcione em São Paulo, o prefeito Fernando Haddad elitiza o
processo, exclui o trabalhador que não dispõe desse valor ou que se recusa a
“doá-lo” à prefeitura. Além de quebrar a espinha dorsal de um serviço que é
revolucionário justamente por nascer livre das amarras kafkianas do Estado. O
“pedágio” de R$ 60 mil é quase o preço de outro carro que o motorista terá de
desembolsar. E a troco de quê? Para reproduzir a anomalia do modelo de táxi?
Na capital paulista, a ideia inicial do prefeito é
sortear 5 mil licenças de R$ 60 mil. Na prática, ele limita a atuação do Uber e
o nivela, por baixo, ao atual serviço. Ora, nada impede que burocratas imponham
dificuldades ou que máfias infiltrem laranjas e obtenham percentual expressivo
das permissões “sorteadas”, que depois virarão R$ 600 mil, R$ 1 milhão etc.
Isso se o Uber — que já rechaçou a tal “regulamentação” — se curvar à
haddadização. Ora, pensar no bem-estar da população, que é o dever do
verdadeiro político, ninguém quer. É só olhar para a situação de escolas,
hospitais, segurança, transporte público. Xô, sanguessugas!
Por: Plácido Fernandes Vieira – Correio Braziliense
– Foto/Ilustração: Blog - Google
Eu já fui taxista em SP, e ainda mantenho meu cadastro em dia, se o MALDDAD, diz que o serviço de taxi está deficitário, uma pergunta que não quer calar: Porque então não libera o fornecimento de mais alvarás para quem quer trabalhar e já tem o CADASTRO EM DIA???, com certeza iria resolver a questão, até porque, com maior oferta, o serviço ira se regular por si próprio ou seja: Quem oferecer melhores serviços irá continuar e consequentemente fazer com que os outros acompanhem essa melhoria.
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