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À QUEIMA-ROUPA: Antônio Fúcio novo presidente do PSB-DF

Antônio Fúcio
novo presidente do PSB-DF



O senhor assumiu a presidência do PSB na semana passada, depois que o presidente Marcos Dantas se licenciou. Haverá mudança na condução do partido?
Há cobrança dos presidentes das zonais, dos integrantes mais antigos do partido, para que ocorram mudanças de postura, de comportamento e de ações do PSB. Por muito tempo, tivemos uma composição provisória, indicada pela Executiva Nacional. Nas últimas eleições, houve congressos nas zonais, houve o congresso regional, e o diretório foi eleito democraticamente, de acordo com o estatuto. Hoje, o partido é mais orgânico, mais estruturado, há uma demanda mais legítima e estruturada dos militantes. Por isso, todos exigem decisões partidárias mais democráticas.

Que problemas o partido enfrenta hoje? 
Existe uma necessidade de o partido se voltar às suas origens, se voltar para as bases. O partido tem que dar mais atenção às zonais, que é onde estão os eleitores. O PSB ficou um pouco afastado das zonais. No início do governo, muitos não foram atendidos e por isso se afastaram, se retraíram. Eles se sentiram longe das lideranças do partido, que estavam muito entranhadas no governo. Nosso compromisso é resgatar esse pessoal que ficou fora do processo.

Como está a relação do partido com o governo?
É preciso separar o partido e o governo. Ganhamos as eleições e queremos participar do governo. Isso não é fisiologismo. Fazemos política com a vontade de implementar políticas públicas e trazer melhorias. É um direito legítimo querer participar. Todas as zonais cobram isso. 

Por que o PSB ficou insatisfeito com a reforma?
O governador se esqueceu um pouco do partido. A verdade é que o PSB saiu menor dessa reestruturação. O partido tinha três secretarias e vai ficar só com uma. Isso gera um grande questionamento nas bases, na estrutura orgânica do partido. Nesta segunda-feira, haverá uma reunião do diretório e discutiremos esse assunto. Somos governo, apoiamos incondicionalmente o governador, mas temos o direito de fazer críticas construtivas. Qual partido gosta de perder poder? 

E era possível fazer os cortes sem sacrifícios?
A gente sabe que é preciso fazer composições, ninguém governa sem a Câmara Legislativa. Mas não se deve ceder a todas as pressões. A gente entende que o governo agiu corretamente ao tentar construir uma base na Câmara, mas temos o direito de questionar alguns limites dessa construção. 

Qual a sua avaliação sobre o governo?
Particularmente, como cidadão, acho que não está bom. A justificativa de que pegou um governo de terra arrasada já está esgotada. A população entende as dificuldades, mas é preciso mudar esse discurso. O governo está travado, a estrutura está lenta, é preciso destravar isso para que as ações possam ser implementadas com mais rapidez.

Por: Helena Mader – Coluna “Eixo Capital” – Correio Braziliense – Foto/Ilustração: Blog-Google



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