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À QUEIMA-ROUPA: Sérgio Sampaio, secretário-chefe da Casa Civil - GDF

Sérgio Sampaio,
secretário-chefe da Casa Civil

O acirramento do embate com os grevistas preocupa o governo?
É claro que isso nos preocupa, especialmente porque ninguém vai sair ganhando com essa greve. A gente sabe qual vai ser o desfecho: em primeiro lugar, a sociedade vai sair perdendo. O governo também vai se desgastar e os servidores não vão ter o que estão buscando, que é o pagamento imediato dos reajustes. 

De que forma esse impasse pode prejudicar a gestão?
Sem a prestação de alguns serviços públicos, obviamente o governo fica desgastado perante a população, que se ressente. Mas a gente espera que os cidadãos possam entender a nossa postura. 

O GDF pode ir à Justiça contra as greves?
Vamos buscar cumprir o que a lei estabelece. Embora a Constituição preveja o direito a greve, ele deve ser exercido com algumas limitações, como no caso de atividades essenciais. 

Acredita que integrantes do governo possam ser alvo de ações de improbidade pelo não pagamento do reajuste previsto em lei?
Haveria improbidade se criássemos despesas de caráter continuado sem recurso para isso. Estamos cumprindo o que está na Lei de Responsabilidade Fiscal e na Constituição. Nossa atitude é uma demonstração de que o governo é responsável e quer acabar com malabarismos contábeis. Vimos o exemplo das contas do governo federal que foram rejeitadas. Nós só vamos assumir obrigações quando houver dinheiro. 

Por que o governo não apresenta um cronograma?
Sem dinheiro, dica muito difícil negociar. Não queremos conceder um aumento artificial, que leve à situação de atraso de salários, porque aí os servidores sofreriam muito mais. Seria o pior cenário para todo mundo. Não seremos irresponsáveis de marcar data porque, se houver frustração de receitas, isso vai gerar descrédito e frustração. Só vamos poder cumprir a lei quando tivermos condições. E chamamos os sindicatos para acompanhar toda a contabilidade pública. 

O governador vai apresentar nos próximos dias o novo secretariado.  Como é demitir aliados em um momento de crise política?
Os nomes vão sair na terça-feira e é claro que o momento deixa a solução da equação mais difícil. Mas temos que reduzir despesas com pessoal, já que ultrapassamos o limite imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal. A junção de secretarias vai levar à necessidade de um maior esforço das equipes. Teremos que fazer mais com menos recursos humanos.

Fonte: Ana Maria Campos – Coluna “Eixo Capital” – Correio Braziliense – Foto: Breno Fortes/CB/D.A.Press

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