Deputada dá 30 dias ao GDF para que o governo
informe valores e andamento do Projeto Brasília 2060, pago com dinheiro público
sem licitação pela gestão PT
A vice-presidente da Câmara Legislativa, deputada distrital Liliane
Roriz, protocolou nesta terça-feira, 13 de outubro, Requerimento de Informação
endereçado ao Governo do Distrito Federal. No documento, a parlamentar dá 30
dias ao GDF para que seja informado os rumos do Projeto Brasília 2060 -
contrato firmado entre o GDF e a empresa Consultoria Jurong, de Cingapura.
Liliane quer tornar público o valor pago à empresa, os resultados apresentados
pela Jurong ao GDF e saber o que o governo fez até agora.
Segundo Liliane, embora a contratação da empresa tenha sido divulgada
pela imprensa, o estudo que foi apresentado pela Jurong ao GDF em 2014, ainda
não é conhecido pela população. “Estamos falando de dinheiro público, de
contrato sem licitação. Não podemos nos esquecer e deixar essa contratação
irresponsável cair no esquecimento”, ressalta.
O ex-governador Agnelo Queiroz, do PT, contratou, em 2012, a empresa
estrangeira por R$ 12 milhões. A proposta, de acordo com o antigo governador
era de que a Jurong iria planejar o crescimento de Brasília para os próximos 50
anos. “A execução do contrato tem que se tornar pública. O povo do Distrito
Federal tem o direito de saber quanto foi pago, afinal, quem está arcando com
todos os custos da crise provocada pelo governo PT somos nós, a população do
DF”, destaca Liliane.
Em 2014, o resultado do trabalho da Jurong foi apresentado pelo governo
Agnelo com a definição de ações a serem executadas. A previsão de gastos
chegava a casa dos R$ 235 bilhões por parte do governo. O
ex-secretário do GDF, Hélio Doyle, chegou a criticar o estudo quando coordenava
a transição do governo, após derrota de Agnelo nas últimas eleições.
De lá para cá, pouco se falou sobre o projeto. “O GDF não ouviu a
população, os arquitetos e urbanistas que vivem a cidade e foi contratar uma
empresa de Cingapura para ‘pensar Brasília’. Já passou da hora de o governo
divulgar para todos o que foi ‘pensado’ e o que foi pago para a Jurong pensar”,
criticou Liliane. “Temos que saber quem será responsabilizado por jogar R$ 12
milhões do dinheiro público no ralo”, completa.
Fonte: Assessoria – Foto: Thyago Araújo