Foram
beneficiadas 29 pacientes no Hran e no Hospital de Base
“O
mutirão foi crucial, providência de Deus, pois acelerou o tempo de espera”. O
depoimento, emocionado, é de Lucineia Pereira da Silva, 45 anos, uma das 20
pacientes atendidas no Hospital de Base, durante ação promovida pela Secretaria
de Saúde no último sábado (24). Outras nove pessoas foram beneficiadas com o mutirão
também no Hospital Regional da Asa Norte.
Cerca de
30 profissionais participaram, muitos de forma voluntária, para atender à
demanda reprimida e diminuir o tempo de espera de quem precisava de algum tipo
de intervenção nas mamas. “Foi retirado um tumor do seio esquerdo e precisou
fazer uma reconstrução. Também retirei um nódulo no seio direito. O
procedimento foi bem sucedido, os médicos excelentes e a recuperação corre
bem”, conta Lucineia.
A opinião
da paciente é semelhante a de outros atendidos no sábado. “Eu esperava há um
ano e o mutirão me colocou para fazer a terceira cirurgia. Desta vez, a
reconstrução do bico do seio. Fui muito bem atendida, como sempre”, ressaltou
Dilsan dos Santos, 51, que há dois anos tratar um câncer na rede pública de
saúde do DF.
A
intenção do movimento, realizado durante a campanha do Outubro Rosa, com apoio
da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica regional DF e Sociedade Brasileira
de Mastologia, foi justamente reduzir a fila de espera por procedimentos de
reconstrução mamária.
“Todas as
operações foram um sucesso e sem complicação. As pacientes que tinham indicação
para reconstrução mamária já passaram pelo procedimento necessário, feito pela
própria equipe de mastologia”, destacou a chefe da Unidade de Mastologia do
Hospital de Base, Daniele Calvano, ao informar que todas as mulheres
beneficiadas já receberam alta.
NOVIDADE – Durante
o mutirão, além das cirurgias, uma enfermeira fazia tatuagem para devolver o
bico dos seios a quem passou por reconstrução mamária. “Muitas pacientes faziam
a reconstrução, mas ficava incompleta, porque não tinha a aureola. Então,
fazemos a tatuagem. A novidade agora é que podemos fazer também o bico do seio,
com a técnica de tatuagem tridimensional”, explicou a enfermeira Karla Lúcia do
Nascimento.
Uma das
pacientes a passar pelo procedimento é Luciana Andrade, 33 anos. Ela fez uma
redução mamária há algum tempo, mas acabou perdendo o bico de um dos seios em
razão de uma necrose. “Fui avisada de que teria essa técnica no Hran e já
conversei com o meu médico. Fui a primeira da fila e fiquei muito feliz em
conseguir”, conta.
Está
prevista para 18 de novembro uma nova sessão de tatuagem para duas
pacientes que deveriam ter ido durante o mutirão, mas não puderam
comparecer.