Liliane Roriz apresenta projeto de
lei para manter restaurantes comunitários a R$ 1
"Parlamentar argumenta com queda no número de frequentadores e
aponta de onde GDF pode tirar recursos para impacto da despesa"
A deputada Liliane
Roriz não desiste da batalha de manter o preço da comida nos Restaurantes
Comunitários (RCs) do Distrito Federal a R$ 1. A parlamentar protocolou Projeto
de Lei na Câmara Legislativa, para incluir os restaurantes na política de
segurança alimentar do GDF.
Assim, o preço da refeição
nos RCs não poderá mais ser alterado por decreto do governador. Caso o PL seja
aprovado, o GDF não terá dificuldades para voltar o valor das refeições para R$
1, tampouco procurar de onde tirar recursos para arcar com os custos da comida,
uma vez que serão cobertos pelo Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza, como
previsto no projeto da parlamentar.
O impacto da despesa
com as refeições dos 13 Restaurantes Comunitários é de R$ 22,4 milhões anuais –
o fundo tem garantido recursos para 2016 na ordem de R$ 68,5 milhões.
Segundo Liliane, filha
do criador dos restaurantes no DF – o ex-governador Joaquim Roriz –, e que tem
criticado duramente o governo desde que o preço da comida saltou de R$ 1 para
R$ 3, o GDF não terá o menor problema em subsidiar o preço da alimentação nos
restaurantes, uma vez que, apenas de renúncia fiscal para o próximo ano, o
governo terá mais de R$ 2,5 bilhões. “Ou seja, o governo vai abrir mão de
receber mais de R$ 2 bi e não pode arcar com 0,8% desse valor, para garantir
comida para quem precisa?”, questiona a parlamentar.
Queda na frequência –
Liliane Roriz enfatiza que após o aumento do preço da refeição dos Restaurantes
Comunitários, decretado em 1º de outubro, o movimento nas sete unidades caiu em
média 70%.
Segundo o controle na
unidade da Estrutural, em 10 de setembro, um mês antes do aumento, foram
servidas 2.258 refeições e marmitas. No dia 10 de setembro, o número caiu para
429, uma queda de 81%.
“Essa queda do
movimento é grave. A minha preocupação é onde essas pessoas estão comendo? O
que essas pessoas estão comendo?”, pergunta a deputada.
Liliane ressalta que há
outro fator que aumenta a preocupação com o aumento da refeição: a crise atual
pela qual passa o DF. “O desemprego hoje infelizmente é uma realidade”, diz.
Por isso ela condena a
elevação do preço de R$ 1 para R$ 3. A deputada lembra que o Restaurante
Comunitário foi criado para ser um projeto social, jamais com fins econômicos,
para encher os cofres do governo.
Fonte: Lívio di Araújo – Fotos: Thyago Arruda. – Assessoria de Gabinete