Pasta pretende mostrar que metodologia de ensino da
faculdade exige docentes atuantes na rede pública de saúde
O secretário de Saúde, Fábio Gondim, garantiu aos alunos da Faculdade de
Ensino e Pesquisa em Ciência da Saúde (Fepecs), na tarde desta quinta-feira
(12), que eles não correm o risco de ficar sem aulas por falta de professores.
O medo surgiu após o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios
(MPDFT) recomendar que servidores da pasta que são professores na unidade de
ensino voltem ao atendimento integral nos hospitais.
“É preciso compreender que tudo isso começou com um questionamento do
MP, mas motivado por um desconhecimento da metodologia de ensino utilizada na
Fepecs, a qual exige que o professor seja também um profissional atuante na
saúde”, observou Gondim, lembrando que esse método de ensino fez com que a
faculdade recebesse nota máxima no MEC por três anos consecutivos.
O secretário esclareceu que a pasta já está reunindo informações para
responder aos questionamentos do MPDFT antes mesmo do prazo solicitado. “Como
era um questionamento de 21 páginas, de diversas áreas, solicitamos uma dilação
de 30 dias, não para ganhar prazo, mas para argumentarmos com
consistência”, destacou Gondim.
Ele diz que paralelo a isso, está sendo preparado um projeto de lei
deixando claro que os profissionais de saúde do DF poderão exercer a docência
da Fepecs. “Enquanto esse PL não vier a ser aprovado, vamos dar as
justificativas ao MP para mostrar a importância da Fepecs para a formação de
novos profissionais. A cada ano, são novos 160 que se formam”, frisou Fábio
Gondim.
Atualmente, 233 servidores trabalham como professores na Fepecs, sendo
135 médicos e 98 de enfermagem. Do total, apenas 17 trabalham exclusivamente na
faculdade e são responsáveis pela gestão dos cursos. Todos os outros se dividem
entre a docência e o atendimento nos hospitais da rede de saúde pública do
DF.
Por: Alline
Martins, da Agência Saúde
Foto/Ilustração: Blog - Google