ANTT apresenta estudo e aponta custo de R$ 7 bi para transporte sobre
trilhos. Recursos virão dos governos federal, estadual e distrital e da
iniciativa privada
A vice-presidente da Câmara legislativa, deputada distrital Liliane
Roriz, participou, na tarde desta quinta-feira, 10 de dezembro, de reunião,
juntamente com os governadores do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, e de
Goiás, Marconi Perillo, para tratarem do trem que ligará Brasília a Goiânia. No
encontro, o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT),
Jorge Bastos, apresentou o estudo de viabilidade do empreendimento que custará
cerca de R$ 7 bilhões e, baseado na análise, a execução do projeto se dará por
meio de uma Parceria Público-Privada (PPP).
Grande entusiasta do projeto – que tem o ex-governador do DF, Joaquim
Roriz como idealizador -, Liliane pediu ao diretor da ANTT agilidade para tirar
o trem do papel. “O trem representa o desenvolvimento da região Centro-Oeste e
será um grande benefício para a população dessas regiões”, ressalta a
parlamentar que lembra a importância do transporte ferroviário como solução
moderna para resolver o problema da mobilidade urbana. “Estamos atrasados em
relação a outros países do mundo na questão do transporte sobre trilhos”,
acredita. Os recursos virão dos governos federal, estadual e distrital e da
iniciativa privada.
Liliane lembra que ainda existem muitos passos a serem dados até que o
trem Brasília-Goiânia saia, efetivamente, do papel, mas pondera que “esta é a
metade do caminho”. “A reunião de hoje me deixou mais entusiasmada ainda. Falta
pouco agora para que um edital seja lançado e uma PPP possa ser firmada para
tornar o trem, que foi um sonho do meu pai, em realidade para os moradores e
trabalhadores dessas cidades”, explica.
O trem, além de transportar passageiros, também fará o transporte de
cargas mais leves. Inicialmente, estavam previstos três pontos de embarque e
desembarque: em Brasília, Anápolis e Goiânia. No entanto, a análise, contratada
em maio de 2013 pela ANTT, mostrou a necessidade de outras duas paradas, devido
à demanda — uma em Santo Antônio do Descoberto e outra em Águas Lindas, ambos
municípios goianos.
Fonte: Lívio di Araújo - Fotos: Thyago Arruda