Espaçamento entre as doses será alterado para
atender ao Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde.
O Calendário Nacional de Vacinação adotado na rede
pública de saúde do Distrito Federal sofreu algumas mudanças para melhorar a
capacidade de imunização. Quatro vacinas que já eram ofertadas pelo Sistema
Único de Saúde (SUS) foram alteradas no que diz respeito ao intervalo entre as
aplicações das doses. A adoção desse novo cronograma segue a normatização do
Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde.
De acordo com a enfermeira-técnica da Gerência de
Vigilância Epidemiológica e Imunização, Suzana Ilha, este tipo remanejamento se
dá por vários fatores, dentre eles a situação epidemiológica da doença e as
mudanças nas indicações das mesmas pelo laboratório produtor. O novo calendário
começou a valer no dia 1º de janeiro de 2016.
O esquema de vacinação contra o papiloma vírus
humano (HPV) foi a que sofreu maior alteração, que antes previa três doses e
agora passa a ser aplicada em apenas duas, sendo que a menina deve receber a
segunda no período de seis meses após a primeira. O público-alvo desta vacina é
composto por meninas de nove a 13 meses.
Já a vacina pneumocócica 10 valente, que protege
contra a pneumonia e outras doenças, passará a ser aplicada em duas doses – aos
dois e quatro meses - e um reforço aos 12 meses, que poderá ser tomado até os 4
anos. Antes o esquema previa três doses. Essa recomendação foi tomada em
virtude de os estudos mostrarem que o esquema de duas doses mais um reforço tem
a mesma efetividade do esquema três doses mais um reforço.
Em relação à vacina contra a poliomielite, a
terceira dose – aplicada aos seis meses – deixa de ser oral (com vírus
atenuados) e passa a ser injetável (com vírus mortos), ou seja, as crianças com
dois, quatro e seis meses receberão a Vacina Inativada Poliomielite
(VIP). Já a Vacina Oral Poliomielite (VOP) continua sendo administrada
como reforço aos 15 meses, quatro anos, e anualmente durante a campanha
nacional, para crianças de um a quatro anos.
A vacina da Hepatite B será ofertada a toda a
população independente da idade e/ou condições de vulnerabilidade. Esse novo
modelo inclui os idosos, grupo antes excluído.
NOVOS
INTERVALOS - Também haverá mudança da vacina meningocócica C (conjugada), que
protege as crianças contra meningite causada pelo meningococo C. O
reforço, que era aplicado aos 15 meses, passa a ser aplicado aos 12 meses,
preferencialmente, podendo ser feito até os quatro anos. As primeiras doses da
meningocócica continuam sendo realizadas aos três e cinco meses. A medida é uma
forma de assegurar maior proteção contra a bactéria já no início do segundo ano
do bebê.