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#JUSTIÇA » Corrupção na mira da OAB-DF

Em posse, ontem, Costa Couto assumiu orçamento de R$ 17 milhões para defender prerrogativas da classe

Eleito em novembro para comandar nos próximos três anos a entidade que representa os advogados do Distrito Federal, Juliano Costa Couto anuncia comissões para acompanhar denúncias de desvios e entraves contra o desenvolvimento

O novo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF), Juliano Costa Couto, 40 anos, tomou posse ontem com a promessa de ajudar a combater a corrupção e os entraves para o crescimento do setor produtivo no Distrito Federal. A ideia é criar duas comissões, formadas por integrantes da nova gestão, para se concentrarem nesses dois temas. 

A nova diretoria da entidade tomou posse ontem em uma cerimônia lotada, na sede da instituição, na Asa Norte. Juliano Costa Couto estará à frente da OAB-DF pelos próximos três anos e substituirá Ibaneis Rocha, que o apoiou e ajudou a elegê-lo, com mais de 8,5 mil votos, para o cargo. Costa Couto vai administrar um orçamento anual de R$ 17 milhões e prometeu fazer uma gestão “justa e democrática”. O presidente nacional da entidade, Marcus Vinícius Furtado, acompanhou a solenidade e destacou as qualidades do novo responsável pela classe dos advogados em Brasília.

Logo após assumir o posto, Costa Couto afirmou que a OAB vai trabalhar para defender a população. “A ordem nem ataca, nem defende governo. Manteremos uma postura de fiscalização e honraremos a casa da democracia”, comprometeu-se. Filho de Ronaldo Costa Couto, ex-ministro de Estado, ex-governador do DF e ex-conselheiro do Tribunal de Contas do DF, o novo presidente da OAB-DF é formado em direito pela UDF — Centro Universitário e tem dois filhos. Ele é professor licenciado da instituição em que se formou, mestre em direito constitucional e exercia o cargo de secretário-geral adjunto da OAB até tomar posse como presidente ontem.

Para chegar no posto máximo da Ordem, o advogado enfrentou uma disputa acirrada. Embora tenha vencido com uma boa diferença de votos para seus adversários, Délio Lins e Silva Júnior e Paulo Roque, a campanha ficou marcada por diversos incidentes. Alguns episódios, inclusive, foram parar na polícia, como vídeos apócrifos que surgiram nas redes sociais. O pleito, que ocorreu no Centro Internacional de Convenções de Brasília (CICB), em novembro, também ficou marcado por confusões e até troca de agressões entre cabos eleitorais.

Em seu discurso, Marcus Vinícius Furtado lembrou da eleição nacional da OAB que ocorrerá neste ano. Ele destacou a unidade na instituição, pois foi apresentada uma chapa única e não será necessária uma disputa para escolher o presidente do Conselho Federal da OAB. Ele recordou as conquistas que teve à frente da entidade e disse ter cumprido duas missões fundamentais: “Valorizamos os advogados e lutamos por causas da República. Fortalecemos a ordem, conquistamos vitórias expressivas, como a proibição por parte do Supremo Tribunal Federal do financiamento privado de campanha”, ressaltou.

Costa Couto antecipou que pretende realizar consultas públicas e enquetes para tomar decisões importantes de maneira democrática. “Daremos atenção especial a todas as subseções. Vamos elaborar projetos, ajudar o DF a se desenvolver. Além disso, faremos um trabalho para defender cada vez a mais as prerrogativas da classe. Trabalharemos na prevenção e na reparação das violações”, enfatizou. “Queremos um Brasil menos desigual. Queremos um Brasil de que os jovens possam se orgulhar no futuro”, disse.

"Queremos um Brasil menos desigual. Queremos um Brasil de que os jovens possam se orgulhar no futuro” (Juliano Costa Couto, Presidente da OAB-DF)



Fonte: Matheus Teixeira – Foto: Helio Montferre/Esp./CB/D.A.Press – Correio Braziliense

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