Jéssica Marques usa o serviço
entre o trabalho e a faculdade: economia
O serviço contará com 21 estações no Distrito Federal a
partir da primeira quinzena de março
Meio de transporte que caiu no gosto do brasiliense, a
bicicleta compartilhada chegará a mais 11 pontos da capital federal — no total,
serão 21. As novas estações ficarão dispostas ao longo das asas Sul e Norte,
regiões do Plano Piloto com a maior demanda do serviço, segundo a Secretaria de
Mobilidade. A previsão é de que os equipamentos sejam entregues a partir da
primeira quinzena de março. De acordo com o GDF, a expansão do Bike Brasília
tem como meta desestimular, sobretudo, o uso de veículos motorizados, hoje a
principal causa de acidentes de trânsito, engarrafamento e poluição nas grandes
metrópoles.
“Gradativamente,
vamos ampliar as estações para as regiões administrativas, principalmente onde
existem BRT e metrô. Estudos apontam que, próximo a esses pontos, há muitas
pessoas circulando de bicicleta e a pé. Portanto, são áreas em que opções de
mobilidade devem ser fomentadas. Humanizar o trânsito é uma tendência mundial.
E a bicicleta, interligada ao sistema de transporte público, é um modal interessante,
visto que é econômico, não polui e faz bem à saúde”, frisa o secretário de
Mobilidade, Marco Dantas.
Atualmente,
o Bike Brasília conta com 10 estações — entre o Memorial JK, a Torre de
TV e a Esplanada dos Ministérios — e cerca de 13 mil usuários cadastrados.
Inaugurado durante a Copa do Mundo de 2014, o projeto prevê, num primeiro
momento, o total de 40 estações e 400 bicicletas.
Esporte e lazer
Os amigos Marcelino Batista, 27 anos, e Welber Trajano, 23,
aderiram às bikes compartilhadas como algo além de um meio de deslocamento
entre casa e trabalho. Na rotina profissional agitada, os dois viram nas
pedaladas a opção de cuidar da saúde em pleno horário do almoço. “Por
trabalharmos perto da estação, a gente aproveita esse tempo para praticar uma
atividade física. Fazemos isso pelo menos três vezes na semana”, conta
Marcelino, morador de Ceilândia. “Como temos 1h de almoço e o mesmo tempo para
usar a bike, vamos ao Parque da Cidade e retornamos ao ponto de partida, na
Praça do Buriti. É o suficiente e ajuda a fazer a digestão”, emenda Welber, que
também utiliza a magrela até a Rodoviária do Plano Piloto, de onde pega ônibus
para Águas Lindas.
Para a
estudante Jéssica Marques, 24, o serviço possibilita que ela economize no
trajeto entre o estágio, no Setor de Indústrias Gráficas (SIG), e a faculdade,
na Asa Sul. “Em vez de ir de ônibus para a Rodoviária, uso a bike. De lá, vou
para a faculdade. É uma passagem a menos”, comemora.
Programe-se
Para usar a bicicleta, o interessado tem de fazer um cadastro
na página da Bike Brasília na internet, informando o número da Carteira da
Identidade, do CPF, do telefone celular e o endereço. A taxa anual é de R$ 10.
Na hora de passear, a bike pode ser alugada por meio de aplicativo para
smartphone ou pelo telefone 4003-9846. No celular ou na ligação, basta digitar
o número da estação onde a bicicleta será retirada e o número da posição da
bike. Em seguida, deve-se confirmar a operação e retirar a bicicleta quando uma
luz verde acender e um sinal sonoro for emitido. Para devolvê-la, a pessoa tem
de encaixá-la em uma posição disponível e verificar se a bicicleta está
devidamente travada. Ela pode ser usada por uma hora. Depois desse período, o
ciclista tem de esperar 15 minutos para usá-la novamente, por mais uma hora. Se
não fizer essa pausa, terá de pagar R$ 5 por hora excedente.
Fonte: Alexandre Santos – Foto: Jhonatan Vieira/Esp.CB/Press
– Correio Braziliense