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Dia de entrega de troféus #Brasília a mais nova Nação Carnavalesca brasileira

Galinho de Brasília
Baratona
Suvaco da Asa
Babydoll de Nylon

Dia de entrega de troféus

Foi gratificante para os brasilienses que não se afastaram da cidade durante o carnaval, ver e sentir o quanto este ano aqueles dias foram animados, prestigiados e com uma frequência espantosa, cujas estatísticas ultrapassaram todas as expectativas.

Ruas cheias, com famílias inteiras aproveitando a folia, principalmente com a presença de crianças e bebês que, em segurança, puderam aproveitar no Distrito Federal, o que era privilégio apenas dos cariocas e pernambucanos.

Para quem não sabe, Brasília tem vários blocos, uns bem antigos, como o Pacotão e o Galinho de Brasília. Depois vimos o surgimento de dezenas de outros, que capricharam na criatividade e na escolha do nome, como o Abrindo a roda, As virgens da Asa Norte, O Suvaco da Asa, o Maria Vai Casoutras, o Encosta que Cresce, O Samba do Peleja, O Tuthankasmona — Tomabando a Pirâmide, o Cafuçu do Cerrado, o Falta Pouco, o Rejunta Meu Bulcão, o Babydoll de Nylon, o Bloco Ago, o Concentra mais Não Sai, o Agoniza mas Não Morre, o Bloco do Amor, o Bloco do Bem, o Aparelhinho, o Acabou o Gás, o Bloco das Divinas Tetas, o Calango Careta, Essa Boquinha eu Já Beijei, o Anti-Bloco, o Camapati, o Bicibloco, o Tesourinha, o Raparigueiros. Segundo informações, 81 blocos animaram bares e ruas, superando a conta de 2015 que, segundo estatísticas, somaram 1 milhão de pessoas naqueles dias.

Todos eles criados para alegrar o carnaval do Plano Piloto e de cidades do Distrito Federal, proporcionando aos brasilienses a possibilidade de se divertir durante o carnaval, da mesma forma do que fariam nas cidades que oferecem maior tradição carnavalesca.

Pensando (e prestigiando) todos eles, o Correio Braziliense instituiu a primeira edição de um prêmio, para a escolha do melhor deles, no tocante ao melhor desempenho no carnaval deste ano, escolhidos por meio de votação de internautas. A votação teve início no sábado de carnaval (6) e se encerrou na quinta-feira (11).

Na sexta-feira (12), os quatro blocos vencedores receberam os troféus no auditório do Correio, com representantes de cada um.

Os escolhidos foram:

O Galinho de Brasília, que alegra a cidade desde 1992, vencendo a vontade de passar o carnaval no Recife, sonho de todo brasiliense-pernambucano nessa época. Por motivo de confisco da poupança de todo mundo naquela época, a situação não arrefeceu o ânimo daqueles em cujas veias circula o sangue do contagiante frevo pernambucano. O resultado aí está para a alegria dos brasilienses. No sábado e na segunda-feira de carnaval, reuniu mais de 50 mil pessoas, no Setor de Autarquias Sul.

O Baratona, criado em 1987, que saiu no domingo e na terça-feira de carnaval. Com o Raparigueiros, formou um megabloco, com mais de 150 mil pessoas. As crianças têm o Baratinha, deliciosa edição infantil. Os comandantes do bloco fazem questão de frisar, que “o nome do bloco não tem nada a ver com as baratas e sim com a ligação da palavra ‘bar’ com ‘à Tona’, uma corrida por cerveja e caipirinha que se realizava na 102 Sul, entre 1981 e 1986.”

O Suvaco da Asa, criado em 2006, por causa da saudade do Recife e a impossibilidade de ir passar o carnaval por lá, por serem jornalistas e estarem de plantão justamente naqueles dias. O nome, curioso, surgiu pelo fato de terem saído para brincar, pela primeira vez, no Cruzeiro, “que fica localizado atrás da Asa Sul”. Mesmo debaixo de chuva forte, o bloco, que passou a se reunir no Eixo Monumental, em frente à Funarte, contou com a participação de 45 mil pessoas.

O Babydoll de Nylon nasceu em 2012, e nada mais é do que a manifestação da vontade de um grupo de amigos que queria se divertir. A inspiração foi a música de Robertinho de Recife, que leva esse nome, que é tocada durante a festa, misturada ao axé, músicas bregas, entre outras. O engraçado e característico do bloco é o fato de a maioria dos componentes fazer questão de participar vestindo babydolls. Desmentindo todos os prognósticos de que o bloco deveria ser “o menor, mais ridículo e o menos promissor”, o Babydoll de Nylon aí está para ficar e animar o carnaval de rua de Brasília. Ganhou o Prêmio Especial, concedido por uma comissão formada por integrantes deste jornal.

Para o bem de todos e felicidade geral desta Brasília, que parece ter se transformado, para sempre, na mais nova Nação Carnavalesca brasileira. Baseando-se em 2016, cai o mito de cidade fantasma, durante o reinado de Momo. Bom para a cidade, bom para todos. Ano que vem, será ainda melhor, quem sabe com nossas escolas de samba, que este ano fizeram falta, povoando as noites carnavalescas da cidade. Para encerrar, então, um desfile conjunto de todos esses blocos tão divertidos. Que tal?

Com a palavra, as secretarias de Cultura e de Turismo do Distrito Federal.




Por: Jane Godoy – Fotos: Minervino Junior/CB/D.A.Press- Correio Braziliense 

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