Agentes visitaram a
casa de Flávia Aparecida: %u201CDesde que tive a doença, comecei a tomar mais
cuidado
Tendas receberam 111
pessoas com sintomas do mal no primeiro dia da ação, em Brazlândia
Em Luziânia, agentes pregam adesivos
elogiando as casas que não apresentam foco de dengue. Em Brazlândia, barracas
de campanha são montadas para aumentar o número de testes de detecção da
doença. Somente ontem, 55 pessoas receberam o diagnóstico
Autoridades
sanitárias do país inteiro procuram alternativas para conter o avanço das
doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. A incidência de dengue em Luziânia, a
59km do Plano Piloto, atingiu 1.016 pessoas em janeiro. O alto índice colocou o
município em alerta máximo para a doença. Lá, encontrar locais sem focos do
mosquito se tornou algo tão inusitado que a prefeitura criou um selo com a
frase: “Esta casa não tem dengue”. Na capital federal, o Executivo passou a
utilizar esforços de guerra nas notificações de dengue. Um hospital de campanha
atendeu 111 pessoas em Brazlândia — cidade que responde por 28% das
contaminações no DF. A Secretaria de Saúde estuda instalar o reforço em São
Sebastião, Santa Maria, Ceilândia e Planaltina.
Eliminar
locais com água parada é a principal arma contra o inseto transmissor da
dengue, febre chikungunya e do zika vírus. Entretanto, somente 12,57% dos
imóveis de Luziânia receberam a vistoria dos vigilantes ambientais. Dos 110 mil
domicílios, apenas 13.883 foram monitorados. “Colocar o adesivo na casa das
pessoas constrange aqueles que não têm o selo. A campanha vai até junho, quando
faremos um balanço para analisar os resultados”, explicou o secretário de Saúde
de Luziânia, Watherson Roriz de Oliveira. Seis bairros críticos receberam a
inspeção.
Na
vistoria, o responsável pela casa recebe informações de prevenção e orientações
sobre medidas que se deve tomar ao perceber os sintomas de dengue. Se no local
não existir nenhum possível foco, o imóvel ganha o adesivo. Ontem, 200 casas
receberam o adesivo da campanha no Parque Alvorada I. A dona de casa Flávia
Aparecida de Farias, 43 anos, teve dengue há cinco e não quer repetir a
experiência. “Desde que tive a doença, comecei a tomar mais cuidado”, disse.
Representantes das secretarias de saúde
do Entorno e do DF vão se reunir em 19 de fevereiro, em Luziânia, para tratar
dos termos de cooperação técnica de combate entre DF e Goiás. O número de casos
de dengue notificados aqui por residentes no Entorno aumentou em 420,83%, em
relação a janeiro de 2015. Ao todo, 125 pessoas tiveram o diagnóstico em
laboratórios da rede pública da capital federal (leia Alerta).
Tendas
No primeiro dia de funcionamento das
tendas de Unidade de Atenção à Dengue instaladas no estacionamento do Hospital
Regional de Brazlândia (HRB), 55 pacientes tiveram a infecção de dengue
confirmada. Isso significa que 49,54% das 111 pessoas passaram pelo local estão
contaminadas. A cidade registrou 301 contaminações. É a maior quantidade de ocorrências
da doença no DF.
O
atendimento é destinado somente aos pacientes com sintomas da infecção. Outras
cinco regiões podem ganhar hospitais de campanha na capital federal. “A ideia é
fechar os quatro cantos da cidade. No DF, nós conseguimos controlar a doença,
mas na divisa com Goiás está difícil”, destacou o secretário de Saúde, Fábio
Gondim.
Alerta - Casos em cidades goianas do Entorno
ameaçam o DF- Distância da capital
*Águas Lindas - 228 50km
*Santo Antônio do Descoberto - 307 40km
*Novo Gama - 44 41km
*Valparaíso 441 - 37km
*Cidade Ocidental - 92 - 46km
*Luziânia 1.016 - 59km
*Planaltina de Goiás - 122- 58km
*Formosa - 113 - 79km
*Cristalina - 33 - 132km
*Padre Bernardo - 196 - 116km
Fonte: Secretaria Estadual de Saúde
(GO) – Fotos: Gustavo Moreno/CB/D.A.Press – Ed Alves/CB/D.A.Press – Correio
Braziliense