Na
primeira manhã em funcionamento cerca de 50 pessoas foram atendidas
Para garantir maior
acesso da população aos serviços de saúde, começou a operar, nesta quinta-feira
(11), a Unidade de Atenção à Dengue (UAD), localizada no Hospital Regional de
Brazlândia (HRBz). Até o meio-dia, 50 pessoas receberam atendimento exclusivo
para casos suspeitos de infecção pelo Aedes aegypti.
No local, foram
montadas três tendas especiais, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(Samu), que pertence à Saúde de Brasília. Pacientes que chegarem ao hospital de
Brazlândia com sintomas de dengue serão encaminhados à UAD, onde cinco médicos,
quatro enfermeiros, além de técnicos em enfermagem prestam atendimento de
segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, com possibilidade de expansão para o fim
de semana.
A escolha de
Brazlândia para receber a UAD foi estratégica, uma vez que o número de casos de
dengue chegou a 301 na última semana e a unidade recebe grande demanda de
moradores da Região Metropolitana. Diariamente, cerca de 250 pessoas são
atendidas no pronto-socorro do hospital. Com o auxílio da unidade, a capacidade
será duplicada.
Moradora de Águas
Lindas, Francisca das Chagas Alves, 60 anos, foi a primeira paciente atendida
no novo espaço. A dona de casa conta que o atendimento foi rápido. "O
serviço aqui está funcionando muito bem. Logo que cheguei ao hospital, fui
triada e já vim para tenda receber os primeiros cuidados".
Para o pedreiro
Francisco José da Silva, 54 anos, o atendimento na nova unidade tem como
principal ponto positivo a eficiência. Da triagem ao diagnóstico levam-se
poucos minutos. "Aqui está bem melhor e tem vários médicos para nos
receber. Cheguei e já fui medicado", disse.
As tendas possuem
sala de acolhimento, quatro consultórios e sala de observação com 10 leitos. No
local, os pacientes podem ter acesso aos testes rápidos da dengue e ao exame de
hemograma para casos que o médico necessite verificar com mais detalhes as
condições clínicas. Além disso, também é fornecida a medicação, quando
necessário.
O secretário de
Saúde, Fábio Gondim, acompanhou o início dos trabalhos e reforçou o compromisso
de manter o Distrito Federal com baixos índices da doença.
"Enquanto Goiás
teve 2,4 mil casos para cada 100 mil habitantes em 2015, nós tivemos
aproximadamente 300, ou seja, oito vezes menos. Estamos trabalhando
intensamente para nos manter com esses índices menores do que o estado que nos
cerca", enfatizou Gondim.
Segundo ele, a partir
da próxima semana outras unidades especiais semelhantes a essa – que possuem
custo zero para a pasta – devem ser montadas em São Sebastião, que está em
segundo lugar no ranking de maior número de casos.