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À QUEIMA-ROUPA: Márcia de Alencar - Secretária de Segurança e Paz Social

Foto: Dênio Simões/Agência Brasília

Márcia de Alencar, 
Secretária de Segurança e Paz Social

Até agora, as manifestações políticas em Brasília têm sido pacíficas, com apenas alguns contratempos. O clima dos protestos é de paz ou há uma forte estrutura de segurança para evitar conflitos?
As manifestações têm sido pacíficas pelas estratégias do sistema de segurança do Distrito Federal e do governo federal. Essa atuação conjunta e integrada faz com que os moradores possam manifestar sua vontade de forma diversa, sem conflitos.

Com o avanço do processo de impeachment, acha que há riscos de confrontos?
O acirramento da discussão e da decisão no Congresso Nacional em relação ao impeachment fazem necessário que sejamos ainda mais sutis e inteligentes na forma de prevenir um risco de confronto real.

Qual é a estratégia?
Uma maior integração entre as agências de inteligência e o diálogo mais intenso com os dois movimentos antagônicos.

Na manifestação do dia 13 de março, a senhora teve de intervir com a advertência a aliados da presidente Dilma Rousseff de que não poderiam ocupar o mesmo espaço que os contrários ao impeachment… Foi uma articulação difícil?
Aquela decisão foi técnica e racional, para evitar confrontos. Adotamos a perspectiva do que está previsto no protocolo em relação à Constituição. Grupos antagônicos não podem se manifestar no mesmo território, no mesmo espaço e no mesmo horário. A recomendação é de que mantenham uma distância de no mínimo cinco quilômetros. Foi o que pedimos.

Vai ser bem difícil impedir que manifestantes contra e a favor do impeachment protestem no dia da votação do impeachment na Câmara dos Deputados. Como lidar com isso?
Passa a ser um fenômeno de massa. Adotamos uma outra estratégia de inteligência. É fundamental que tudo ocorra de forma que não se ponha em risco a vida de nenhum cidadão ou cidadã. Todo nosso esforço é para que as pessoas possam exercer a democracia e que possam respeitar a decisão do nosso Congresso.

O governador Rodrigo Rollemberg não adotou nenhuma posição oficial contra ou a favor do impeachment da presidente Dilma. Isso ajuda no processo de organização da segurança das manifestações?
Ajuda fundamentalmente a ele a se confirmar como um grande estadista. Ele não é apenas o governador. Precisa garantir, como chefe de Estado, que prevaleça a paz e a segurança de todos.

É difícil ser uma mulher no comando das forças de segurança?
É um aprendizado de parte a parte. Me sinto respeitada por todos os colegas das forças de segurança. Estamos muito integrados.

Há possibilidade de haver privilégios a políticos, como o ex-senador Luiz Estevão, o ex-vice-governador Benedito Domingos e o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, no sistema penitenciário do DF?
Absolutamente. Eles são submetidos ao mesmo protocolo para todos que estão em privação de liberdade, seja definitiva, seja provisória.


Por: Ana Maria Campos – Coluna”Eixo Capital”- Correio Braziliense – Foto/Ilustração: Blog-Google

1 Comentários

  1. Bom, o que vi em Brasília foi isso e já denunciei ao Ministério Público.
    http://cartamaior.com.br/?%2FEditoria%2FPolitica%2FPM-detem-crianca-de-7-anos-em-protesto-no-DF%2F4%2F35802

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