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Parabéns, Brasília (56 anos)

Aos 56 anos, comemorados hoje, Brasília é uma cidade transformação. Abriga gente trabalhadora, amiga, hospitaleira e criativa. Pessoas nascidas em quase todos os cantos do mundo e do país se encontram aqui. A mistura reproduz a diversidade, um dos traços mais forte do perfil brasileiro. O padrão de qualidade de vida é um dos mais elevados do país, e, como qualquer urbe, tem vicissitudes, que se colocam como desafios a serem vencidos pelas políticas públicas.

Obra maior do então presidente Juscelino Kubitschek, do arquiteto Oscar Niemeyer e do urbanista Lucio Costa, a capital do país é também patrimônio cultural da humanidade. Não à toa. Ela guarda obras únicas de Niemeyer espalhadas pelos traçados singulares de Costa, que a torna cidade-museu e, ao mesmo tempo, cidade parque. Amplas avenidas e edifícios com dimensões contidas permitem aos que aqui vivem ou aos que chegam para conhecer o centro das decisões do país um encontro sem obstáculos com o firmamento, também chamado de mar brasiliense.

A solidão do Planalto Central ficou no discurso de JK. Hoje, o Distrito Federal abriga mais de 2,8 milhões de pessoas em seus 5,8 mil km². Cumpre o papel de irradiar decisões para todos os quadrantes brasileiros. É fonte de cultura não só pela mistura de raças de origens diversas, mas pela projeção conquistada pelos que aqui nasceram e foram reconhecidos pela arte — nos campos da música, do teatro, da literatura e outros — e, pela habilidade no cenário esportivo.

Nem tudo é virtude. Brasília sofre com a perda do patrimônio ambiental e o estresse hídrico, causados pela ocupação desordenada dos espaços. Enfrenta dificuldades no campo da saúde, da segurança pública, do transporte coletivo, da educação. As desigualdades sociais também existem e são preocupantes. A cidade não ficou imune às crises política e econômica que nos últimos anos pararam o país. Embora o funcionalismo público seja uma das maiores categorias, o desemprego aumentou em outros setores, sobretudo no comércio e serviços, e encolheu a indústria local.

Quase sexagenária, a capital federal precisa e a sociedade local cobra serviços públicos bem mais eficientes. A beleza da cidade não pode ser só plástica, que chega a museus internacionais e orgulha o Brasil. Deve ser exuberante no tratamento e no respeito aos cidadãos que aqui moram ou a escolhem para viver. Não é favor. É dever do Estado. Este é o presente que a Brasília de todos brasileiros espera ganhar nos anos que se seguem, para que seja realmente modelo inspirador ao restante do país. Mas hoje é dia de festejar e desejar feliz aniversário, Brasília.


Fonte: Correio Braziliense – Foto- Bento Viana/Ilustração: Blog - Google

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