O espaço localizado no Eixo
Monumental testará o modelo de gestão do governo Rollemberg
Com potencial de receita de R$ 800
milhões durante os 30 anos de concessão, o Centro de Convenções Ulysses
Guimarães será a primeira parceria público-privada (PPP) do governo Rollemberg
a sair do papel. A previsão é de que o contrato de cessão entre a empresa
escolhida e o Executivo local seja assinado até julho. Dessa forma, governo tem
menos de 60 dias para finalizar o processo e precisa acelerar os trâmites
legais. A consulta pública começou hoje e permanece aberta por 30 dias. Em 10
de maio, ocorre a audiência pública. Essas informações ajudará na elaboração do
edital.
O Centro de Convenções sempre foi cotado para ser a primeira PPP. É a vitrine do Executivo para as demais iniciativas. A estratégia é tentar tirar o ranço da experiência da gestão anterior, com modelos de PPPs malsucedidos, como, por exemplo, o Centro Administrativo (Centrad), em Taguatinga, construído pela Odebrecht. A consulta e a audiência pública são tentativas do governo de sondar o mercado. “A nossa ideia é garantir a legalidade do processo e que haja interessados”, explica Rossini Dias, subsecretário de Parcerias Público-Privadas.
A proposta apresentada na consulta pública mostrará as potencialidades
do Centro de Convenções. A projeção é de R$ 800 milhões em receita em 30 anos.
Propõe, ainda, novos negócios, como a edificação de um restaurante com 4 mil
assentos e a construção de um estacionamento subterrâneo. “Neste momento, é a
visão do Estado sobre o negócio. Abrimos a consulta pública para ouvir o setor
privado”, afirma Rossini.
Interessados
Para testar o mercado antes dos trâmites formais, o Executivo divulgou
uma manifestação de interesse em janeiro. Na ocasião, o intuito era garantir a
certeza de que o mercado se envolveria nas PPPs, mesmo com a crise econômica
que o país atravessa. Quatro empresas mostraram disponibilidade em gerir o negócio.
Por isso, o Executivo espera que pelo menos essas participem da consulta
pública. O nome das companhias foi publicado no Diário Oficial do DF. Na
ocasião, entre as interessadas, estava a administradora do Centro de Convenções
de Goiânia (GO), uma firma de produção de eventos e outras de engenharia.
Contudo, o procedimento é aberto para outros empresários.
Rossini informou que a manifestação de interesse foi a fase preliminar
do processo, a primeira interação com o setor produtivo. À época, 52 empresas
se habilitaram. Por isso, a consulta pública é o primeiro passo oficial da PPP
do Centro de Convenções. O próximo espaço público a seguir com o trâmite será o
Parque da Cidade. Os empresários podem participar da consulta pública via
e-mail ou protocolar a sugestão na Secretaria de Fazenda.
Fonte: Flávia Maia – Correio Braziliense –
Foto/Ilustração: Blog - Google