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Aberta a temporada dos ipês - - - (Participe: Quer ver a sua foto publicada no Correio Braziliense?)

A chegada do inverno anuncia também a floração da planta que se tornou cartão-postal de Brasília. Os primeiros a desabrochar são os roxos, que já colorem as principais ruas da capital

A mudança brusca de temperatura que tem pegado muita gente de surpresa na capital é também motivo de alegria. Afinal, ela anuncia que chegou a época de grama dourada e de ipês coloridos — e deve permanecer na rotina do brasiliense até o fim do ano. Brancos, roxos, amarelos, rosas, os tradicionais ipês acompanham as mudanças de clima do Centro-Oeste. O primeiro da lista é o ipê-roxo, também confundido com o ipê-rosa, por sua tonalidade mais avermelhada.

A variedade não para por aí. Apenas o ipê-roxo tem sete espécies diferentes em todo o país, cada uma com sua característica particular, segundo aponta a engenheira agrônoma Carmem Regina Mendes. “Se você observar bem, vai perceber que existem alguns ipês-roxos que têm as flores no formato de um buquê; outros têm as flores espalhadas; alguns têm o tronco mais escuro ou mais claro; e mais duro.” 
Quem passa por vários pontos de Brasília tem a oportunidade de se deparar com um corredor das flores nas copas das árvores — e também com um tapete formado pelas que caem no chão. Mas o que muitos não sabem é que a maioria dos ipês da cidade não está ali por acaso. A plantação das árvores é tarefa da Novacap desde a década de 1970, que tem a ajuda do curto ciclo da planta para fornecer a beleza das flores de forma rápida. Segundo Carmem, o ipê leva apenas cinco anos para atingir a fase adulta e florescer, e pode atingir o pico do crescimento por volta dos 30 anos, com uma altura média de 12m a 15m.
Para o casal de aposentados Luiza Paranhos, 74 anos, e Alfredo Paranhos, 75, que chegaram a Brasília no momento em que se plantavam os primeiros ipê, a árvore se tornou o cartão-postal da cidade. “Acompanhamos os ciclos há 46 anos, eu já sei o período certo de cada ipê, sem falar no ar romântico que eles trazem para Brasília”, afirma Luiza. Para a estudante de comunicação organizacional Júlia Martins, 21, a presença das flores na UnB ajuda a dar uma aliviada no conteúdo das aulas. “Acho lindo demais, principalmente quando estou dirigindo. Quando chego à universidade, eles estão lá pra dar aquela uma na aula.”

Outra característica do ipê é a fácil reprodução. Segundo a agrônoma, a semente é pequena e fica envolvida em uma fina película. Quando plantada, pega facilmente no solo. “Ela é alada, pronta para voar. Por ser leve, chega em lugares distantes. Por isso, vemos tantos ipês espalhados.” E, apesar de não se assemelhar a outras árvores do cerrado, o ipê também conta com mecanismos, semelhantes à flora do Centro-Oeste, para enfrentar os períodos de seca. Carmem Regina explica que os ipês contam com profundas raízes, que atingem as camadas mais distantes do lençol freático. Além disso, as árvores perdem as folhas para economizar energia e recursos hídricos. Nesse mesmo momento, nascem as flores, que atraem os polinizadores para completar o ciclo da planta, que é hermafrodita.

Até agosto, a cidade permanecerá pintada pelos ipês-roxos. Logo depois, chega a floração do amarelo, entre julho e outubro. As flores do ipê-branco desabrocham apenas no fim da seca, entre setembro e outubro.

A capital deles
Está em andamento o projeto Brasília Capital do Ipê, idealizado em parceria pelo Correio Braziliense, a Rede Globo, a Digital Group. A primeira parte ocorreu com a inauguração da Praça da Paz e o plantio de ipês-brancos, no Estacionamento 7 do Parque da Cidade, em 17 de março. Foi o primeiro de um total de quatro centros, que devem ser inaugurados até o fim do ano que vem. Cada local terá um bosque de ipês, de cores diferentes. A próxima a ser festejada será a Praça da Cidadania, ao lado do Teatro Nacional, com a decoração de 188 mudas de ipê-amarelo. A solenidade ocorrerá em outubro, com tema voltado para o trânsito.

Participe
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Fonte: Correio Braziliense – Fotos: Breno Fortes/CB/D.A.Press – Ed Alves/CB/D.A.Press – Carlos Moura/CB/D.A.Press -

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