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Viva Brasília: nosso pacto pela vida - (Rodrigo Rollemberg )

Brasília nasceu para ser lugar de encontro e de paz, mas com o tempo testemunhou o aumento progressivo da criminalidade e da sensação de insegurança, resultantes do vertiginoso crescimento populacional, da desordenada ocupação do território e da desigual oferta de serviços públicos.

Combater essas mazelas e recuperar a vocação pacifista e cosmopolita da cidade são imperativos que temos em mente desde o início deste governo, porque queremos garantir qualidade de vida a todos os brasilienses, por nascimento ou adoção.

Nesse sentido, inspirados na experiência conduzida em Pernambuco e em outras políticas de segurança pública internacionais exitosas, concebemos o Programa Viva Brasília — Nosso Pacto Pela Vida e iniciamos sua implantação, a ser completada no prazo de 5 anos.

Trata-se de uma política integral de segurança pública voltada simultaneamente à repressão qualificada do crime e à prevenção das violências, mediante a ação articulada e coordenada das polícias e dos demais órgãos do governo, com foco na resolução de problemas nos territórios vulneráveis, por meio de reuniões sistemáticas para aferir resultados e do diálogo permanente com a comunidade.

Essa estratégia requer a gestão compartilhada de responsabilidades, com base em indicadores e metas de desempenho. Os resultados esperados são a redução dos crimes violentos letais e intencionais, como homicídios; a redução dos crimes contra o patrimônio; o aumento da confiança da população nos órgãos de segurança e a melhoria da prestação dos seus serviços; e a diminuição da vulnerabilidade social e criminal.

Reforçamos o policiamento ostensivo com mais 2.530 policiais militares nas ruas. Instalamos 508 câmeras de videomonitoramento e 146 já operam. Até o fim de agosto teremos contratado 480 policiais civis. Efetuamos pesquisa inédita de vitimização e sensação de segurança nas 31 regiões administrativas do Distrito Federal, que revelou o índice de 82% de confiança da população nas Forças de Segurança do Distrito Federal. Reestruturamos 36 Conselhos Comunitários de Segurança (Conseg) e criamos o Conseg Brasília Centro, cujas diretorias devem estar capacitadas até o final de 2016 para que se alinhem à nova gestão de segurança pública. Formulamos diversos projetos de segurança integrados com as políticas sociais e a sociedade civil, voltados à construção da cultura de paz e estamos em diálogo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento para captar os U$ 64 milhões de dólares necessários para financiá-los.

Começamos a colher os resultados desse trabalho. Eles mostram que estamos no rumo certo. Desde o início do ano passado, 389 vidas foram poupadas, sendo 101 delas pela redução dos crimes de homicídios, latrocínios e lesão corporal seguida de morte. As demais vidas salvas referem-se aos crimes contra a vida que foram tentados e evitados pelo alto padrão de atendimento pré-hospitalar do Corpo de Bombeiros Militar.

Dessa forma, atingimos uma taxa de homicídios inferior aos últimos 22 anos por 100 mil habitantes. Em 2016, seguimos em queda, contrariando a tendência nacional sobre os crimes contra a vida.

Em 2015, houve redução de 14,3% nas modalidades de crime contra o patrimônio em geral; em especial roubo de veículos, roubo em comércio e furto em veículos, em comparação com 2014.

Com isso, podemos balizar melhor nossas ações, com foco nas áreas críticas, áreas simultâneas de maior vulnerabilidade social e criminal. Começamos esse trabalho pelo Setor Comercial Sul, com a Ação Centro Legal, que envolve diversos órgãos do governo. E o resultado é animador: zeramos o número de homicídios na região, reduzimos o número de roubos, revitalizamos a área e conseguimos aumentar a sensação de segurança de todos ali. Pacificamos o território e devolvemos à cidade um ponto de cultura para a juventude.

É certo que ainda há muitos desafios a vencer. O crescimento do número de alguns crimes contra o patrimônio, como o roubo a pedestres, que é o mais frequente, aponta a necessidade de intensificar a realização de ações integradas e articuladas nas áreas críticas.

Faremos isso. Contamos com o engajamento de todos nesse processo de construção conjunta, porque, como disse Graça Machel, viúva de Nelson Mandela, “o que pulsa nos corações da população de Brasília é a chama da paz, aquele estado de espírito que daqui será ofertado para o resto do mundo”.

Façamos cada um de nós a nossa parte. Mostremos, como no caso da Paz no Trânsito, que governo, sociedade e mídia trabalham juntos em Brasília para que todos possam viver a cidade de forma plena, responsável, respeitosa e pacífica. Valorizemos, assim, o Prêmio de Capital Ibero-americana da Paz, que Brasília acaba de ganhar!


(*) Rodrigo Rollemberg - Governador do Distrito Federal

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