Sinalização
alerta frequentadores a não utilizar o Lago Paranoá no trecho afetado por
cianobactérias. Foto: Dênio Simões/Agência Brasília
Área restrita fica entre o Lago Sul – QL 4, QL 6 e QL 8 – e a L4 Sul, no trecho que vai da Ponte Honestino Guimarães à Estação de Tratamento do Esgoto Sul.
Não é todo
o lago que receberá avisos, pois a maior parte da água está em boas condições
para uso. A área afetada é restrita aos trechos entre o Lago Sul – QL 4, QL 6 e
QL 8 – e a L4 Sul, no braço sul do Riacho Fundo, entre a Ponte Honestino Guimarães e a Estação de Tratamento do Esgoto Sul.
A Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico
do Distrito Federal (Adasa)
fez coletas na região e as enviou para análise no laboratório Conágua Ambiental,
em Goiânia. Os resultados estão previstos para o início de dezembro.
Ao longo
de mais de duas décadas, o reservatório recebeu investimentos para a limpeza da
água. “O Lago Paranoá é conhecido como o único lago tropical urbano no mundo a
ser despoluído desta forma”, observa o superintendente de Estudos, Programas,
Monitoramento e Educação Ambiental do Instituto
Brasília Ambiental (Ibram), Luiz Rios. “Como referência, basta
pensar na situação atual de outros reservatórios brasileiros, como a Pampulha
[MG], Rodrigo de Freitas [RJ] ou Ibirapuera [SP].”
O que são cianobactérias e por que se destacam no Lago Paranoá
Também
conhecidas como algas azuis ou bactérias cianofíceas, as cianobactérias ocorrem
naturalmente nos lagos tropicais. São bioindicadores da presença de material
orgânico na água. As origens podem ser diversas, como emissão de esgotos, uso
de adubos ou detergentes, escoamento superficial das águas das primeiras chuvas
ou suspensão do material do fundo do reservatório devido a vento, correnteza ou
mudança de temperatura.
Tanto o
lago como seus afluentes, por serem rodeados por cidades e bairros, recebem
monitoramento constante. Tudo que é lançado dentro da bacia, delimitada pela
DF-001, vai parar na água. Qualquer acidente ou lançamento clandestino impacta
diretamente. A estranheza com a presença das cianobactérias no Lago Paranoá,
que sempre as teve, ocorre porque investimentos substanciais para a limpeza da água
foram feitos ao longo de mais de duas décadas.
As algas
podem causar irritação na pele, nos ouvidos ou nos olhos. A análise das coletas
pode detectar outras substâncias que provocam problemas gástricos e hepáticos.
Agência Brasília
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