Charge do Paixão, reproduzida da Gazeta
do Povo
O juiz federal Sérgio Moro, que conduz
os processos da Operação Lava Jato, aceitou denúncia contra o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva nesta segunda-feira, 19. Agora, Lula se torna réu
pela quinta vez em ações penais nas Operações Lava Jato, Zelotes e Janus. Ao
todo, o petista é alvo de cinco processos criminais: dois da Lava Jato, no
Paraná, um na Operação Zelotes, um na Operação Janus e mais um no âmbito da
Lava Jato, em Brasília. Também viraram réus nesta nova ação da Lava Jato o
empresário Marcelo Odebrecht, acusado da prática dos crimes de corrupção ativa
e lavagem de dinheiro; Antonio Palocci e Branislav Kontic, denunciados pelos
crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro; e Demerval Gusmão, Glaucos
da Costamarques, Roberto Teixeira e Marisa Letícia Lula da Silva, acusados da
prática do crime de lavagem de dinheiro.
Lula é apontado como o responsável por
comandar ‘uma sofisticada estrutura ilícita para captação de apoio parlamentar,
assentada na distribuição de cargos públicos na Administração Pública Federal’.
A denúncia aponta que o esquema foi
instalado nas mais importantes diretorias da Petrobrás, mediante a nomeação de
Paulo Roberto Costa e Renato Duque para as diretorias de Abastecimento e
Serviços da estatal, respectivamente.
ENRIQUECIMENTO ILÍCITO – Por meio do esquema,
diz a denúncia, estes diretores geravam recursos que eram repassados para
enriquecimento ilícito do ex-presidente, de agentes políticos e das próprias
agremiações que participavam do loteamento dos cargos públicos, bem como para
campanhas eleitorais movidas por dinheiro criminoso.
Nesta denúncia, a propina, equivalente
a percentuais de 2% a 3% dos oito contratos celebrados entre a Petrobrás e a
Construtora Norberto Odebrecht S/A, totaliza R$ 75.434.399,44. Este valor foi
repassado a partidos e políticos que davam sustentação ao governo de Luiz
Inácio Lula da Silva, especialmente o Partido dos Trabalhadores (PT), o Partido
Progressista (PP) e o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), bem
como aos agentes públicos da Petrobrás envolvidos no esquema e aos responsáveis
pela distribuição das vantagens ilícitas, em operações de lavagem de dinheiro
que tinham como objetivo dissimular a origem criminosa do dinheiro.
INSTITUTO LULA – Parte do
valor das propinas pagas pela Construtora Norberto Odebrecht S/A foi lavada
mediante a aquisição, em benefício do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
do imóvel localizado na Rua Dr. Haberbeck Brandão, nº 178, em São Paulo (SP),
em setembro de 2010, que seria usado para a instalação do Instituto Lula.
O acerto do pagamento da propina destinada
ao ex-presidente foi intermediado pelo então deputado federal Antonio Palocci,
com o auxílio de seu assessor parlamentar Branislav Kontic, que mantinham
contato direto com Marcelo Odebrecht, auxiliado por Paulo Melo, a respeito da
instalação do espaço institucional pretendido pelo ex-presidente.
A compra desse imóvel foi realizada em
nome da DAG Construtora Ltda., mas com recursos comprovadamente originados da
Construtora Norberto Odebrecht, em transação que também contou com a
interposição de Glaucos da Costamarques, parente de José Carlos Costa Marques
Bumlai, sob a orientação de Roberto Teixeira, que atuou como operador da
lavagem de dinheiro.
R$ 12 MILHÕES – O valor total
de vantagens ilícitas empregadas na compra e manutenção do imóvel, até setembro
de 2012, chegou a R$ 12.422.000,00, como demonstraram anotações feitas por
Marcelo Odebrecht, planilhas apreendidas na sede da DAG Construtora Ltda. e
dados obtidos em quebra de sigilo bancário, entre outros elementos.
Além disso, parte das propinas destinadas
a Glaucos da Costamarques por sua atuação na compra do terreno para o Instituto
Lula foi repassada para o ex-presidente na forma da aquisição da cobertura
contígua à sua residência em São Bernardo de Campo (SP). De fato, R$ 504.000,00
foram usados para comprar o apartamento vizinho à cobertura do ex-presidente.
CONTRATO FICTÍCIO – A nova
cobertura, que está sendo utilizada pelo ex-presidente, foi adquirida no
nome de Glaucos da Costamarques, que atuou como testa de ferro de Luiz Inácio
Lula da Silva, em transação que também foi concebida por Roberto Teixeira, em
nova operação de lavagem de dinheiro.
Na tentativa de dissimular a real
propriedade do apartamento, Marisa Letícia Lula da Silva chegou a assinar
contrato fictício de locação com Glaucos da Costamarques, datado de fevereiro
de 2011, mas as investigações concluíram que nunca houve o pagamento do aluguel
até pelo menos novembro de 2015.
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NOTA
DA REDAÇÃO DO BLOG –
São abundantes as provas contra Lula, Marisa Letícia, Palocci e o
próprio advogado e compadre Roberto Teixeira, que inevitavelmente será
condenado em formação de quadrilha para lavagem de dinheiro (ocultação de
patrimônio) e perderá a carteira da OAB. É só uma questão de tempo. (C.N.)
Por: Julia Affonso,
Fausto Macedo, Ricardo Brandt e Mateus Coutinho - Estadão - Tribuna da Internet