Inaugurado nesta terça-feira (17), o Aterro
Sanitário de Brasília é um marco importante na gestão dos resíduos do
Distrito Federal. Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília
"Inaugurado nesta terça-feira (17), espaço entre
Ceilândia e Samambaia é um marco importante na gestão dos resíduos do DF"
O Distrito Federal deu um importante passo na
gestão de resíduos. Entra em operação nesta terça-feira (17) o Aterro
Sanitário de Brasília, espaço projetado para comportar 8,13 milhões de
toneladas de rejeitos (materiais não reutilizáveis) e, com isso, ter vida útil
de aproximadamente 13 anos.
Retomada em 2015, a construção ocorre gradativamente em quatro etapas. A
primeira tem 110 mil metros quadrados (m²), divididos em quatro células de
aterramento. Uma delas, de 44 mil m², começa a funcionar hoje. “Este é um
momento histórico para a nossa cidade. Começamos a desativação gradativa do
Lixão da Estrutural, conforme determina a Política Nacional de Resíduos
Sólidos, com a inclusão social dos catadores de materiais recicláveis”, disse o
governador Rodrigo Rollemberg durante a inauguração na manhã de hoje.
A área é de 760 mil m², dos quais 320 mil são destinados a receber
rejeitos. Por enquanto, será depositado no local aproximadamente um terço da
produção diária de lixo do DF, que virá das usinas de tratamento
do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) no P Sul (Ceilândia) e na Asa Sul
(Plano Piloto) e das áreas de transbordo de Brazlândia e Sobradinho. A
estimativa da autarquia é que sejam aterradas entre 900 e mil toneladas por
dia, o que equivale a 40 carretas.
"As técnicas utilizadas no aterro
asseguram proteção ao meio ambiente e correto tratamento dos resíduos"
As técnicas utilizadas no aterro asseguram proteção ao meio ambiente e
correto tratamento dos resíduos. São exemplos a impermeabilização do solo, o
sistema de drenagem e a compactação diária, que reduzem o volume do lixo e
evitam a contaminação de áreas vizinhas e a proliferação de animais, como
roedores e urubus. O aterro receberá apenas rejeitos — método que minimiza
impactos ambientais e que está previsto na Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei
nº 12.305, de 2 de agosto de 2010).
Rollemberg também destacou a ampliação e a inovação da coleta seletiva
no DF, que, em cinco regiões, está sendo feita por cooperativas de catadores.
“Esses trabalhadores farão a separação do material nos centros de triagem, que
serão construídos. As licitações estão em andamento, e, em breve, começam as
obras.”
Custo do Aterro Sanitário
de Brasília
O custo para construir a primeira etapa do Aterro Sanitário de Brasília
e executar obras de infraestrutura é de cerca de R$ 45 milhões, com recursos
exclusivos do SLU. Os pagamentos começam agora, com o início do funcionamento.
O valor a ser repassado por mês depende da quantidade de rejeito que chegar
periodicamente ao aterro. A operação do espaço é de responsabilidade do
consórcio formado pelas empresas GAE, Construrban e DBO.
Agência Brasília