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#ENEM » A estudante nota 1000 de Ceilândia - "Entre os mais de 6 milhões que fizeram o teste alcançaram tal feito. Ela comemora também a vaga em medicina na Universidade de Brasília (UnB)."

Moradora do Condomínio Por do Sol, em Ceilândia, Gabriela de Souza Ribeiro sempre se achou uma aluna mediana. Em 2016, no último ano do ensino médio, a garota de 17 anos decidiu estudar com mais afinco para o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). O resultado: tendo sempre estudado em escola pública, ela conseguiu a nota máxima de mil pontos na prova de redação. Só outros 76 entre os mais de 6 milhões que fizeram o teste alcançaram tal feito. Ela comemora também a vaga em medicina na Universidade de Brasília (UnB).

Para o Enem, Gabriela assistiu a muitas vídeo-aulas. Pela internet também conheceu melhor temas da atualidade. Da guerra na Síria à atual situação da África, registrou quase tudo em papel. “Sempre pegava muitas cópias do papel para o rascunho de redação, que a professora distribuía. Assim, não teria surpresa com o tema da redação ”, conta.

Mas, dado o sinal de início da prova, ela foi direto ao caderno de redação e teve um lapso de memória ao ler o tema: Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil. Nervosa, fechou o caderno de redação, respirou profundamente, se concentrou novamente e começou a resolver as provas de português e de matemática. Após finalizar as questões objetivas, tinha uma lista enorme de informações para a redação, mas faltavam cerca de 20 minutos para o fim da prova.

O sucesso trouxe muitas alegrias à família de oito irmãos. Coroou também um ano em que Gabriela passou por muitas dificuldades. Ela sofreu com problemas nos rins e dores fortes na barriga, inclusive no dia do Enem. Só em dezembro fez a cirurgia de apendicite. Para piorar a situação, o Centro de Ensino Médio 10, onde estudava, foi fechado para reforma, e os alunos instalados em uma escola do Setor Industrial de Ceilândia. Eles pegavam o ônibus escolar na frente do antigo estabelecimento de ensino, uma situação que resultou em evasão escolar e muito estresse para quem queria ir para a escola todos os dias.


Por Marlene Gomes - Especial para o Correio Braziliense - Foto: Helio Montferre/CB.D.A.Press

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