A população vai ganhar mais 38 dias para ajudar o
governo de Brasília com sugestões ao projeto de revitalização da orla do Lago
Paranoá. Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília- 26.12.2016
Prazo da consulta pública virtual terminaria no
domingo (8), mas foi ampliado para 15 de fevereiro. Medida permitirá que o
governo tome decisões mais próximas do que deseja a população
A população vai ganhar mais 38 dias para ajudar o
governo de Brasília com sugestões ao projeto de revitalização da orla
do Lago Paranoá. A consulta pública
virtual ficaria disponível até
domingo (8), mas o Executivo decidiu prorrogá-la para 15 de fevereiro.
A intenção é colher amostras mais representativas de moradores e,
principalmente, de especialistas como arquitetos, ambientalistas, profissionais
de urbanismo e paisagistas, a fim de construir equipamentos públicos de acordo
com o que pensam os frequentadores do local.
Todos poderão propor modelos de ocupação ordeira do espelho d’água,
acessos ao público e iniciativas sustentáveis que possibilitem desenvolver
pequenos negócios, além do fomento à prática de esporte, lazer e cultura. É
simples, por meio da consulta pública, a forma de contribuir com opiniões para
a melhoria dos 38 quilômetros de margens do Lago Paranoá — que passarão por
intervenções.
"Na consulta pública, normalmente
contribuem com sugestões pessoas mais técnicas, e a percepção desse público ajuda
mais a elaborarmos um projeto coeso e focado no que a população realmente
quer" - - (Luiz Otávio Rodrigues, secretário adjunto de Gestão do Território
e Habitação)
O interessado deverá preencher um cadastro com nome, CPF, e-mail,
endereço e profissão. No caso de empresas, são requisitados razão social, CNPJ,
e-mail, região administrativa e ramo de atuação.
Os cadastrados terão acesso à minuta do termo de referência que
subsidiará um edital de concurso público internacional, o Masterplan, para
escolher os escritórios de arquitetura e urbanismo que desenvolverão os
projetos na orla.
De acordo com o secretário adjunto da Secretaria de Gestão do
Território e Habitação, Luiz Otávio Rodrigues, a ampliação do prazo permitirá
que o governo tome decisões mais próximas do que deseja a população. “Na
consulta pública, normalmente quem contribui com sugestões são pessoas mais
técnicas, e a percepção desse público ajuda mais a elaborarmos um projeto coeso
e focado no que a população realmente quer”, diz.
Enquete conta com 2,7
mil participações
Outra forma de participação popular é por meio de enquete. De 8 de
dezembro de 2016 — quando o Plano Orla Livre foi lançado pelo
governador Rodrigo Rollemberg — até quarta-feira (4), 2,7 mil pessoas haviam
respondido ao questionário disponível no site www.orlalivre.df.gov.br.
A enquete ficará no ar até o governo entender que já há número satisfatório de
colaborações.
"231,7 mil m²Área devolvida à população
às margens do Lago Paranoá"
A participação pela internet é simples. Qualquer pessoa pode responder
às 15 perguntas que abordam temas como limpeza, segurança e instalação de
pontos de lazer e cultura. Para isso, basta clicar no ícone Participe
da Enquete. O que você quer na orla?.
Desobstrução da orla
As intervenções do Plano Orla Livre são possíveis graças
às operações do governo de Brasília para desobstruir áreas ocupadas
irregularmente. Desde o início de 2015, ações coordenadas pela Agência de
Fiscalização (Agefis) nas margens do Paranoá devolveram à população 231,7
mil metros quadrados de terras públicas. Em todo o DF foram mais de 11 milhões
de áreas desocupadas.
O plano contempla ações de curto, médio e longo prazos. A construção da
trilha de 6,5 quilômetros que ligará o Parque da Asa Delta, na QL 12 do Lago
Sul, ao Parque Península dos Ministros, já foi iniciada. Ela será toda
pavimentada, sinalizada e será compartilhada por ciclistas e pedestres.
"Por determinação do Tribunal de Justiça do DF e Territórios
(TJDFT), as intervenções no local foram suspensas em 29 de dezembro de 2016,
mas a Procuradoria-Geral do DF ingressará
com recurso para tentar reverter a decisão."
Agência Brasília