Evitar ir sozinho a locais desconhecidos e prestar
toda atenção às chuvas são cuidados fundamentais. É recomendável também levar
celular com bateria carregada. Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília
"Evitar ir sozinho a locais desconhecidos e prestar
toda atenção às chuvas são cuidados fundamentais. É recomendável também levar
celular com bateria carregada"
Em período de férias, as visitas a trilhas e
cachoeiras tendem a se intensificar. Para que não aconteçam acidentes durante o
passeio, é importante seguir dicas simples de segurança e prestar atenção à
previsão do tempo. Como a época é também de chuvas, pedras e caminhos tendem a
ficar mais escorregadios. Além disso, a precipitação nas cabeceiras e nascentes
de rios pode provocar aumento repentino do fluxo, as chamadas trombas d’água.
Um dos erros ao se frequentar esses locais, pela primeira vez, é ir
sozinho ou, quando em grupo, dispensar o guia. Essas opções aumentam o risco de
se perder no caminho ou de escolher uma trilha perigosa. O ideal é sempre fazer
o passeio em, no mínimo, duas pessoas. “É importante também sempre levar água
potável, lanterna e, se possível, mapa da região”, explica o comandante
da Companhia de Salvamento Aquático do Corpo de Bombeiros
Militar do Distrito Federal, tenente Victor Mendonça.
Além disso, é fundamental levar os aparelhos celulares completamente
carregados. Somente um deve ficar ligado por vez, e o outro só após o primeiro
descarregar a bateria. Ainda que na cachoeira não haja sinal, em caso de
acidente é possível voltar ao ponto coberto por antenas e ligar para o resgate.
“Alguns têm a opção bússola ou GPS, que pode ser enviada para a equipe de
resgate ou inserida no sistema das nossas aeronaves. Assim, o acesso ao local
do incidente fica mais rápido e preciso”, destaca o tenente Mendonça.
"Alguns celulares têm a opção
bússola ou GPS, que pode ser enviada para a equipe de resgate ou inserida no
sistema das nossas aeronaves" - - (Tenente Victor Mendonça, comandante da
Companhia de Salvamento Aquático do Corpo de Bombeiros do DF)
É fundamental também avisar aos familiares quando se vai a uma trilha ou
cachoeira, e informar qual a previsão de retorno. Se o prazo se esgotar e a
pessoa não comunicar o retorno, deve-se comunicar ao Corpo de Bombeiros
imediatamente. “Nosso procedimento é um pouco diferente do feito pela polícia.
Não é necessário esperar 24 horas para comunicar o desaparecimento. A primeira
hipótese com que trabalhamos é a de que a pessoa está perdida”, explica
Mendonça.
Chuvas podem
dificultar o passeio
Ao programar uma trilha, é necessário verificar a previsão do tempo para
o dia. “Com chuva, é melhor abortar a visita”, afirma o comandante da Companhia
de Salvamento Aquático. Nessas condições, as pedras ficam mais escorregadias. É
o caso do Salto do Tororó, cachoeira
muito visitada nesta época, com caminhos íngremes que demandam atenção.
Além disso, as chuvas nas cabeceiras dos rios podem elevar rapidamente o
nível da água e, com isso, provocar o fenômeno conhecido como tromba d’água.
Caso a trilha já tenha começado quando o temporal desabar, a recomendação é
retornar ao local de origem. Se houver cachoeira, o ideal é procurar um ponto
alto, distante do curso d’água.
A maior parte dos acidentes está relacionada a traumas de pessoas que se
perdem nas trilhas, de acordo com o tenente Mendonça. No caso de afogamentos,
crianças e adultos jovens são as principais vítimas. O consumo de bebida
alcoólica e de drogas também provoca os incidentes.
Galeria de Fotos – ( goo.gl/NZptBg )
Agência Brasília