Marcelo Dourado - Presidente do Metrô-DF
e um dos aliados mais antigos do governador Rodrigo Rollemberg
Depois de dois anos de governo Rollemberg, Brasília está melhor?
Está melhor. É só você perceber quem são os chamados pré-candidatos para
2018. Eu conheço o governador há mais de 30 anos, estudamos juntos na UnB, e
digo que ele tem uma coisa que é irrefutável: a questão ética, a probidade.
Isso nenhum que se apresenta como pretenso pré-candidato tem como o Rodrigo.
O fato de enfrentar problemas, como falta de recursos, críticas e
dificuldades políticas, mas ter uma biografia limpa, vai ajudar na
campanha para a reeleição?
Isso é uma questão importante. Mas a questão financeira e orçamentária é
também muito importante. O país passou por transformações, passou por mudanças
muito sérias e isso impactou no orçamento do Distrito Federal. Essa história da
herança não é ficção. É a pura verdade e agora o Rodrigo conseguiu fechar a
questão orçamentária e acho que 2017 e 2018 serão anos de investimentos, de
realizações, com os recursos do DF e do governo federal. Parcerias se aproximam
no horizonte.
Qual vai ser a marca do governo Rollemberg no fim de 2018?
Primeiro, o compromisso com a verdade. Isso que é fundamental. Verdade
com a população em relação a todas as crises pelas quais o governo já passou.
Crise hídrica, a questão da saúde. O Rodrigo encara tudo isso com muita
transparência, o que não acontecia nos governos anteriores.
Com tantos problemas, acha que Rollemberg tem um sofrimento pessoal
ao governar o DF?
Agora, vou falar do Rodrigo como amigo, como pessoa física. Percebo que
ele envelheceu muito nos últimos dois anos. Isso consome as pessoas. Ele está
tentando fazer o melhor para a cidade. Ele tem uma relação muito forte de amor
com Brasília. Acredito que ele é competente. Eu sou muito otimista. Vejo que
ele está fazendo o que é possível na questão da saúde, da segurança, da
educação e da mobilidade. A gente vai ter boas notícias em relação à mobilidade
em breve.
O que acha que atrapalha a gestão dele?
A questão política ainda é que talvez a gente tenha
velhos e novos políticos que fazem a velha política e que não entenderam que a
questão do combate à corrupção e a transparência são sine qua non para se
exercer qualquer cargo público e ter um compromisso sério com a população, sem
proselitismo.
E no Metrô, você enfrenta esse tipo de problema também?
Hoje no Metrô eu tenho a união dos servidores de
carreira que são pessoas sérias, comprometidas com o fortalecimento da empresa
e a gente está fazendo uma série de ações que vão impactar para a população.
São projetos de Estado, e não de governo. Isso é fundamental.
Você tem expectativa de que neste governo saia a ampliação do Metrô?
Acredito que isso vai acontecer. A modernização já está acontecendo. E a
expansão, em parceria com o governo federal, tem grandes chances de acontecer
também, a expansão do Metrô para a Asa Norte, para Samambaia e para Ceilândia.
Por Ana Maria Campos – Coluna “Eixo Capital” –Foto:
Adalberto Marques-Divulgação - Correio Braziliense