Reunião pública sobre o projeto Orla Livre na noite desta quinta-feira
(23) durou mais de três horas com debates sobre as margens do Lago Paranoá.
Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília
"Encontro nesta quinta (23) debateu questões como preservação e proteção
ecológica nas margens do Lago Paranoá, além de tirar dúvidas da população"
A primeira reunião pública do projeto Orla Livre, realizada nesta
quinta-feira (23), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, trouxe para
debate questões relacionadas à preservação e proteção ecológica nas margens do
Lago Paranoá.
Líderes
comunitários de regiões administrativas próximas ao manancial, como os Lagos
Sul e Norte e o Paranoá, tiraram dúvidas sobre a implementação do complexo de
lazer e serviços previstos perante os representantes do governo.
O
encontro, que durou mais de três horas, contou também com a presença dos
titulares das Secretarias de Gestão do Território e Habitação, do Meio Ambiente
e das Cidades, além dos da Casa Civil e do Instituto Brasília Ambiental
(Ibram).
Com o
intuito de trazer a população para dentro das discussões sobre o complexo do
Orla Livre, a reunião pontuou assuntos como a preocupação ecológica em relação
à desobstrução das margens do Paranoá.
"O projeto prevê ações que viabilizam essa
proteção com equipamentos de baixo impacto"- (Jane Vilas Bôas, presidente
do Ibram)
Segundo a
presidente do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), Jane Vilas Bôas, é
importante manter a preservação e recuperação da vegetação na borda do lago,
prejudicado com as construções e cercas. “O projeto prevê ações que viabilizam
essa proteção com equipamentos de baixo impacto.”
De acordo
com a Secretaria de Gestão do Território e Habitação, todo o plano será
adequado seguindo as leis de silêncio, do meio ambiente e outras diretrizes que
afetam direta e indiretamente o Orla Livre.
Todo o
projeto visa garantir e melhorar as múltiplas funções que o lago tem, como
fornecimento de energia, mobilidade, lazer, turismo e, em breve, captação para
abastecimento humano.
Serão
realizadas, ao todo, três audiências públicas para estabelecer as diretrizes do
termo de referência do concurso de contratação da equipe de consultoria que
atuará durante as intervenções nas margens do Lago Paranoá.
"É mais uma oportunidade que a população tem
de esclarecer dúvidas e obter informações" - (André Lima, secretário do
Meio Ambiente)
Essa é a
fase final do processo iniciado virtualmente e que, de acordo com a Casa Civil,
recebeu 201 participações. “É mais uma oportunidade que a população tem
de esclarecer dúvidas e obter informações”, sintetiza o secretário do Meio
Ambiente, André Lima.
O intuito
do evento foi trazer a população para a discussão sobre como serão as
diretrizes do termo de referência do concurso destinado a contratar a equipe de
consultoria que atuará durante as intervenções nas margens do lago.
O próximo
encontro será em 30 de março com o tema Orla e a Cidade. Fechando o ciclo de
debates, em 6 de abril, a reunião será sobre a Orla Integrada: Mobilidade,
Cultura, Esporte, Turismo e Lazer.
O que é o projeto Orla Livre
O Plano
Orla Livre tem como objetivo tornar o Lago Paranoá um ponto de encontro mais
acessível, organizado e com diversas opções de lazer.
A
proposta reúne uma série de ações para revitalizar 38 quilômetros de margem do
espelho d’água e também busca soluções de mobilidade para quem quiser chegar à
região.
Com as
contribuições de enquete e consulta pública, o governo de Brasília pretende dar
espaço para que a população possa propor modelos de ocupação na orla do lago.
A
proposta é ter acessos livres e projetos sustentáveis que permitam desenvolver
pequenos negócios.
Agência Brasília