*Por Circe Cunha
Podem ter a certeza: se a proposta apresentada pelo GDF transformando a
estrutura administrativa do decadente Hospital de Base em instituto nos moldes
da Rede Sarah não é do gosto dos sindicalistas e principalmente dos deputados
distritais, é porque a nova fórmula de gestão acaba não só com a ingerência
indevida de políticos e pelegos em setores de interesse público, mas também
blinda esse e outros serviços de casos de corrupção e de paralisações
indevidas.
Quanto
mais afastar a prestação desses serviços das influências nefastas de políticos
e sindicalistas, melhor será o atendimento à população. O exemplo de excelência
de gestão dado pela Rede Sarah tem, entre seus segredos, justamente o
distanciamento das más influências dos parasitas.
O caso
rumoroso levantado pela Operação Drácon, com indiciamento de cinco
parlamentares da Câmara Legislativa por recebimento de vantagens indevidas de
verbas para a saúde, demonstra a necessidade urgente de alijar políticos dessa
espécie de qualquer assunto referente às áreas de saúde pública. O mesmo ocorre
com a educação. A greve dos professores da rede pública, ordenada anualmente
por sindicatos que mais se comportam como partido político, é exemplo patente
da intromissão indevida de um tipo de sindicalismo pelego, atrelado ao Partido
dos Trabalhadores, na estrutura de ensino.
Ao longo
dos últimos 20 anos, a influência político-partidária nas questões de saúde e
de educação só tem contribuído para a piora de qualidade dos serviços. Faltam
médicos, professores e falta qualidade no atendimento à população que paga os
mais altos impostos do planeta. No entanto, nada falta a distritais e aos
sindicatos.
O que a
população deseja são hospitais, transportes decentes e escolas com qualidade e
excelência equivalentes aos tributos que paga. O que os brasilienses querem é
ser prontamente atendidos em hospitais limpos e humanizados, comandados por
técnicos de alto nível, tal qual existem nos países desenvolvidos. O que se
quer é menos politicalha e mais serviços de qualidade. Políticos e
sindicalistas, na grande maioria, ambicionam apenas o poder pelo poder, sem
relação com a sociedade.
Hospitais
desinfetados e escolas equipadas não aparecem em nenhuma agenda de políticos e
de sindicalistas. O que se busca são aumentos infinitos de salários,
estabilidade para gente que não aparece nos plantões médicos nem dá aulas. Se
acaso o Hospital de Base se transformar em instituto com as mesmas qualidades
apresentadas pela Rede Sarah, será vitória para a população do Distrito Federal
e uma instituição a menos no balcão de negócios de políticos e sindicalistas.
(*) Por Circe
Cunha – Coluna “Visto, lido e ouvido” – Ari Cunha – Correio Braziliense – Foto:
Luis Nova/CB/D.A.Press - Ilustração: Blog - Google