Em janeiro, ação na região rural de Brazlândia desobstruiu área pública
ocupada às margens do Canal do Rodeador, que abastece a Barragem do Descoberto.
Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília – 25.1.2017
Operações lideradas pela Agefis recuperaram milhões de metros quadrados
em regiões que abrigam rios e espécies típicas da fauna e da flora do Cerrado
O combate à ocupação irregular do solo no Distrito Federal é uma das
principais ferramentas do governo de Brasília para manter a organização do
território.
Além de
proteger terras públicas da cobiça de grileiros, as ações lideradas pela Agência
de Fiscalização (Agefis)são importantes para a preservação do meio ambiente.
Dos quase
20 milhões de metros quadrados desocupados pela autarquia em 2016 e no primeiro
quadrimestre de 2017, boa parte refere-se a áreas de proteção permanente ou
ambiental.
O
trabalho de remover edificações evitou a extinção de matas nativas, o
assoreamento de rios, a erosão de encostas e outros problemas causados por
construções clandestinas em unidades de conservação.
A mais
recente operação da Agefis que contribui para manter o ecossistema em
equilíbrio ocorreu em Brazlândia, próximo ao Incra. Algumas edificações
derrubadas pelos fiscais ficavam a menos de 15 metros do Canal do Rodeador, que abastece
a Barragem do Descoberto.
Além de
desmatar a vegetação em volta da bacia, o desvio de água contribuía para o
agravamento da crise hídrica no DF.
O
trabalho começou em 25 de janeiro e resultou, só no primeiro dia, em cerca de
20 mil metros de quadrados de terras devolvidas ao Estado.
No local
só se permitem propriedades que desenvolvem atividades rurais, que não são alvo
da ação.
Operação em parque e reserva do
Guará
Já
no Parque Ecológico Ezequias
Heringer e na Reserva Biológica, ambos no Guará, a fiscalização
desobstruiu 5,1 milhões de metros quadrados, onde chacareiros ergueram cercas e
construções de madeirite e de alvenaria.
5,1 milhões - Quantidade, em metros quadrados, de área
desobstruída no Parque Ecológico Ezequias Heringer e na Reserva Biológica do
Guará - Os dois
são protegidos por lei há mais de duas décadas e se encontravam em avançado
estado de desmatamento de vegetação.
Além
disso, as instalações erguidas irregularmente deixaram poluído o Córrego do
Guará, afluente do Lago Paranoá.
Em
novembro de 2011, uma operação comandada pela Agefis
no Condomínio Mansões Bougainville, na DF-440, em Sobradinho,
derrubou 19 edificações em alvenaria, soterrou quatro fossas e uma cisterna,
retirou 350 metros lineares de cercas, desligou 18 pontos de energia
clandestinos e fez 12 mudanças de pertences dos invasores.
O local
fica em área de proteção permanente e abriga nascentes, mananciais e espécies
da fauna e da flora típicas do Cerrado.
Agência
Brasília