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Novo Código de Edificações promete modernizar processos burocráticos

Novo Código de Edificações promete modernizar processos burocráticos

*Por Circe Cunha 

Caso venha a ser apreciado, votado e aprovado, ainda este ano, pela Câmara Legislativa, o Novo Código de Obras e Edificações (COE) do Distrito Federal servirá para orientar e dar nova dinâmica às novas construções em toda a capital a partir de janeiro de 2018. Trata-se de um documento fundamental, ao lado do PDOT, para disciplinar o desenvolvimento urbano, conferindo mais agilidade no licenciamento e fiscalização das novas construções.

No mesmo pacote, segue projeto que prevê a compensação urbanística para aqueles que desrespeitaram as normas de uso e ocupação do solo e que terão, em contrapartida, de pagar em dinheiro para ter a emissão do documento regularizando a situação, neste caso habite-se, licenciamento ou alvará. Esse critério não valerá para aqueles que invadiram áreas públicas. Neste caso particular esta coluna se posicionou contra a medida, por acreditar que ela se inscreve no chamado “jeitinho brasileiro” de fazer a coisa errada, esperando que em algum momento o erro venha a ser perdoado de alguma forma, caso típico das invasões e formação de grandes condomínios em terras públicas e que logo são regularizados pelo Poder Executivo com o aval, sob pressão, do Legislativo local.

Integram ainda o conjunto de medidas estratégias para o aumento da permeabilidade do terreno para lotes acima de 600m², de forma a garantir a recarga de aquíferos, evitando que as águas se percam em enxurradas e retendo parte para aumentar a permeabilidade do solo no interior do terreno. O novo documento substitui outro que completa agora 20 anos de existência e que, ao logo desse tempo, não foi capaz de corrigir inúmeros erros e falhas existentes entre os construtores e os diversos órgãos públicos que cuidam do assunto.

Pelo novo código, o governo promete, por meio de cinco princípios, corrigir antigos erros e falhas com base na desburocratização, na responsabilização técnica dos autores dos projetos sobre questões de edificações, cabendo ao Estado analisar apenas os parâmetros urbanísticos de acessibilidade universal.

Pelas novas normas, o governo espera ainda tornar o Código de Obras e Edificações em instrumento de política urbana. O ponto fraco da nova proposta é a criação de taxas, o que acaba por encarecer as construções, o que poderá estimular mais informalidade. Para o deputado distrital Chico Leite, o novo COE não trará maiores benefícios e não conseguirá impulsionar o desenvolvimento se não forem adotadas novas práticas de gestão.

Segundo o parlamentar, “no senso comum, aqueles que ingressam com um projeto para licenciamento de uma obra são submetidos a um verdadeiro calvário, que passa por análises sem fim, numerosas exigências, formalidades que permeiam os graus mais elevados da burocracia. Um procedimento injustificável, que sujeita a emissão de um simples alvará de construção a uma espera de meses, superando até um ano. Procedimentos burocráticos, como esse, têm feito com que muitas obras acabem concluídas antes mesmo do alvará de construção, que é o primeiro documento necessário para dar início às construções”.

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A frase que foi pronunciada
“E é justamente por causa do jeitinho brasileiro que o Brasil não tem jeito!”
(Starktonny, do site Pensador.)

Morreu na praia
»Tanto alarde sobre a pílula do câncer, novidade, votação, aprovação, autorização. Vencida a burocracia, a falta de matéria-prima impede o início de testes em humanos.


(*) Circe Cunha – Coluna “Visto, lido e ouvido” – Ari Cunha – Correio Braziliense – Foto/Ilustração: Blog Google

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