Carlos Chagas
Não se
duvida de que o governo Dilma Rousseff tem sido uma lástima. Que o desemprego
chegou em massa, os impostos aumentam sem chance para o contribuinte, direitos
trabalhistas foram reduzidos, paramos de crescer e a alta do custo de vida
atinge todo mundo. Uma situação para o Brasil exasperar-se.
No
entanto… No entanto, por que dar voz e voto a uma série de empresas privadas
estrangeiras, daquelas constituídas para ganhar dinheiro às custas dos trouxas
que somos nós, rebaixando relações econômicas que nos dizem exclusivamente
respeito?
Standart&Poor`s,
Fitch, Moody`s e outras arapucas faturam de acordo com seus interesses. Quando
em dificuldades, prestes a falir, essas empresas “de risco” incluem em seus
relatórios para os investidores internacionais números capazes de perturbá-los,
ainda que às custas da economia de Estados soberanos.
O
quadro aqui no Brasíl é triste? Sem dúvida, mas qual a justificativa para ficar
pior apenas porque meliantes pretendem sobreviver às nossas custas e às custas
de quem tem recursos sobrando para investir onde maiores dividendos possam
encontrar?
O
grave nessa história é que estamos nos curvando à chantagem. O governo, as
autoridades econômicas, os banqueiros e a mídia tomam como dogmas absolutos as
conclusões duvidosas e mal-intencionadas dessas quadrilhas de classificação de
performances. Não se viu um protesto ou mera ponderação frente a tais
intervenções daqueles que não possuem mandato, autorização ou capacidade para
nos julgar. Falaram, está falado, mesmo quando, por coincidência, acertam ao
descrever nossas agruras. Quem lhes passou procuração para intervir na
realidade econômica brasileira, tornando-a mais aguda em função da ânsia de
aumentarem seu faturamento?
A
fraqueza do governo Dilma fica exposta não só por conta de erros, falsas
promessas e manobras eleitorais. Transparece também quando cedemos à ação de
bandidos internacionais que infelizmente controlam nossa soberania.
SENADO NA BAIXA
A
Câmara acaba de desfazer o que de mais importante o Senado votou, em termos de reforma
política. Uma simples conta aritmética, de 513 contra 81, transforma os
representantes da Federação em apêndices desimportantes dos que pretendem
exprimir a população. Trata-se de um falso equilíbrio que a Constituição não
consegue resolver. Nos limites do Poder Legislativo. Quem sabe tenha chegado a
hora de o Judiciário intervir? Porque no caso do financiamento de campanhas
eleitorais por empresas privadas, fica evidente ser a opinião pública
contrária. O Supremo Tribunal Federal, também. Como os interesses de Eduardo
Cunha e seus seguidores precisavam ser atendidos, eis o resultado: a
bandalheira continuará a mesma, nas próximas eleições.
CHARGE DO ALPINO
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