A renúncia do conselheiro Paulo Tadeu da relatoria das
contas de 2014 é uma boa notícia para Agnelo Queiroz (PT) e pode ser uma chance
para a reviravolta num julgamento que já estava perdido.
Por mais que a ficha
não tenha caído para o ex-governador, Paulo Tadeu não seria um aliado no
plenário. Tocaria o julgamento baseado na dura argumentação dos auditores do
Tribunal de Contas do DF.
Ele não rejeitaria o
estudo do corpo técnico. Depois disso, quem, em plenário, teria condições de
votar a favor da gestão de Agnelo se nem mesmo um conselheiro nomeado por ele,
que foi seu supersecretário e tem um vínculo antigo com o PT o defendesse?
Zebra
O novo relator das
contas de Agnelo Queiroz, conselheiro Inácio Magalhães Filho foi um dos pivôs
do rompimento entre Rogério Rosso e Tadeu Filippelli, que eram aliados no PMDB.
No cargo de
governador, eleito pela Câmara Legislativa com apoio de Filippelli, Rosso
nomeou Inácio para o Tribunal de Contas do DF contra a vontade do então
presidente do PMDB, da bancada do PT na Câmara Legislativa e de integrantes da
Presidência da República que preferiam ver no cargo o procurador Demóstenes
Três Albuquerque. Inácio foi a zebra na ocasião.
Fonte: Ana Maria Campos – CB.Poder – Foto: Carlos Moura/CB/D.A.Press