Sete pessoas haviam sido presas até as 10h em
três estados do país. Entre
suspeitos estão um ex-jogador da seleção brasileira e um doleiro.
A Polícia Federal
cumpriu 11 mandados de condução coercitiva em Brasília de investigados em uma operação de combate a fraudes no pagamento de prêmios
de loterias da Caixa. A ação ocorre nesta quinta-feira (10) nos estados
de Goiás, Bahia, São Paulo, Sergipe e Paraná. Entre os suspeitos de
envolvimento no esquema estão um ex-jogador da seleção brasileira e um doleiro.
No total, a PF cumpre 54 mandados judiciais. Até as 10h, sete dos oito
mandados de prisão temporária já haviam sido cumpridos – três em Goiás, dois na Bahia e dois em São Paulo. Cerca de
250 policiais federais participam da operação, que foi batizada de Desventura.
De acordo com a PF, o esquema desviou milhões de valores de bilhetes premiados não sacados pelos ganhadores, que deveriam ser destinados ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). No ano passado, os premiados na loteria deixaram de resgatar R$ 270,5 milhões.
De acordo com a PF, o esquema desviou milhões de valores de bilhetes premiados não sacados pelos ganhadores, que deveriam ser destinados ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). No ano passado, os premiados na loteria deixaram de resgatar R$ 270,5 milhões.
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"R$ 270,5
milhões deixaram de ser resgatados por ganhadores de prêmios da loteria no
ano passado"
A PF informou que a investigação apontou que o esquema criminoso contava
com a ajuda de correntistas da Caixa, que eram escolhidos pela quadrilha por
movimentar grandes volumes financeiros e que também seriam responsáveis por
recrutar gerentes do banco para a fraude.
Segundo a corporação, quando os criminosos estavam de posse de
informações privilegiadas, entravam em contato com os gerentes para que eles
viabilizassem o recebimento do prêmio por meio de suas senhas, validando, de
forma irregular, os bilhetes falsos.
Durante a investigação, um integrante da quadrilha foi preso ao tentar
aliciar um gerente para o saque do prêmio de um bilhete no valor de R$ 3
milhões. Meses depois ele foi liberado e, segundo a PF, morreu em
circunstâncias que ainda estão sendo apuradas.
Os policiais federais também identificaram fraudes na utilização de
recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), ConstruCard – que
é o financiamento da Caixa para a compra de materiais de construção – e
liberação irregular de gravames de veículos.
Os suspeitos poderão responder pelos crimes de integrar organização
criminosa, estelionato qualificado, tráfico de influência, corrupção ativa e
passiva, falsificação de documento público e evasão de divisas.
Cartões apreendidos com suspeitos de envolvimento em fraudes a pagamentos de loteria (Foto: Polícia Federal/Divulgação)Fonte: Vianey Bentes e Raquel MoraisDa TV Globo, em Brasília, e do G1 DF