As
agendas de consultas e exames de toda a rede de saúde do Distrito Federal
deixarão de existir nos “caderninhos” das unidades hospitalares e centros de
saúde e passarão a integrar o sistema Trakcare. A determinação está na Portaria
254, publicada no Diário Oficial desta segunda-feira (19), e é a primeira ação
do Grupo de Trabalho (GT) de Regulação Ambulatorial, criado em agosto deste
ano, com o objetivo de ampliar o acesso da população aos serviços
especializados.
“Em
muitas unidades, para marcar o atendimento são utilizados livros que, às vezes,
ficam disponíveis apenas um dia da semana para agendar uma consulta ou outros
serviços. A partir de agora, a ideia é que a marcação ocorra continuamente e
que o paciente tenha maior comodidade”, informou o secretário de Saúde, Fábio
Gondim.
Ele
ressalta que embora tenham sido publicadas tais alterações, não haverá grandes
mudanças operacionais, já que o sistema disponível admite o agendamento, o que
estava deixando de ocorrer. “Nós temos um sistema que permite a regulação
das consultas e exames, mas que não vinha sendo plenamente utilizado em função
de falta de determinação para que isso acontecesse”, destacou.
Segundo
Ricardo Gamarski, membro do GT, a intenção do grupo é diminuir as filas. “A
partir do momento em que temos todas as agendas no sistema, a regulação passa a
ter uma visão maior do que oferecemos hoje. Tendo uma visão macro das agendas,
poderemos distribuir os pacientes nas unidades da rede”, completa.
Conforme explica o subsecretário de Atenção à Saúde, Robinson Parpinelli, para que a portaria seja integralmente cumprida, toda a rede de saúde deve estar informatizada e a secretaria já trabalha para isso. “Hoje, alguns hospitais já usam a agenda eletrônica, outros parcialmente e há ainda os que não são informatizados. Por isso, adquirimos 2,5 mil computadores que estão sendo instalados nos centros de saúde do DF”, diz o subsecretário, ressaltando que eles estão sendo colocados primeiro onde já existe rede de comunicação.
REGULAÇÃO – O próximo passo é regular todas as consultas, exames e internações da rede de saúde do DF. “Além de diminuir filas, com isso, poderemos dar transparência e celeridade técnica no uso de recursos públicos”, destaca Parpinelli.
Segundo o secretário de Saúde, serão reguladas as 63 especialidades médicas, todos os exames e demais serviços.