Doença já é a principal causa de morte e incapacidade no
trabalho
A partir
desta terça-feira (27), a Academia Brasileira de Neurologia, com o apoio da
Secretaria de Saúde e do Ministério da Saúde, promove a Semana do Acidente
Vascular Cerebral (AVC). A ação propõe a realização de atividades para a
conscientização dos profissionais de saúde e da população em geral sobre a
doença, principal causa de morte e incapacidade para o trabalho no país.
“Queremos
ampliar a discussão sobre o AVC, pois ele não tem faixa etária definida”,
destaca a neurologista Elza Tosta, presidente da Academia Brasileira de
Neurologia e preceptora em Neurologia do Hospital de Base, lembrando que até
mesmo um bebê pode ter a doença. “Existem também fatores específicos que
aumentam a incidência de AVC nas mulheres, por exemplo”, ressalta.
Segundo a
profissional, além de orientações sobre o AVC, o evento visa dar importância à
questão do atendimento. “Uma assistência rápida, com procedimentos adequados,
internação e a reabilitação são decisivos para a melhora no quadro do
paciente”, acrescenta.
PROGRAMAÇÃO – Às 19 horas desta
terça-feira (27), haverá palestra no Auditório 1 do Hospital Universitário de
Brasília (HUB) para profissionais de saúde. Serão abordados prevenção,
diagnóstico, abordagens terapêuticas imediata e a longo prazo e técnicas de
reabilitação.
O temas específicos serão Acidente Vascular na infância, AVC em crianças
com anemia falciforme e na mulher, causas genéticas da doença, repercussões
psicopedagógicas e reabilitação. Os especialistas palestrantes são apoiados e
certificados pela Fundação de Ensino e Pesquisa em
Ciências da Saúde (Fepecs).
Na
sexta-feira (30), a população também poderá participar do evento, por meio de
uma programação variada que acontecerá no Parque da Cidade, a partir das 9
horas, oferecida por equipes de profissionais e alunos de fisioterapia,
nutrição, enfermagem, medicina e educação física.
“A proposta é estimular hábitos saudáveis, mostrar a sua importância
como fatores de prevenção, além de ensinar como reconhecer um AVC e o que fazer
no momento da perda das funções do cérebro”,
destaca a neurologista.
HBDF - O Centro
Neurocardiovascular do
Hospital de Base figura
como unidade de referência para assistência ao usuário com AVC isquêmico em sua
fase aguda, AVC hemorrágico, bem como aos casos de infarto agudo do miocárdio,
bloqueios cardíacos, paradas cardíacas, entre outros.
O
paciente Elismar Reis foi atendido no centro em agosto deste ano, em razão de
um AVC isquêmico. “Acho que se não fosse o atendimento do Neurocardio, ele
teria morrido ou ficado com sequelas graves. Ele vem melhorando a cada dia, faz
fisioterapia para reabilitação e está bem”, relata a esposa.
"De
janeiro a setembro deste ano, foram atendidos 376 pessoas com AVC no Hospital
de Base."