Estudo desenvolvido em 70 países revela que, no Brasil, os brasilienses
são os que melhor se comunicam na língua inglesa
Brasília
é a unidade da Federação onde se fala inglês com mais desenvoltura. Com base em
estudo do Instituto de Educação Internacional EF — Education First pode-se
dizer que o brasiliense se comunica melhor com norte-americanos do que os
mineiros, paulistas ou cariocas. São Paulo obteve a segunda melhor média —
53,06. A pesquisa ouviu 910 mil adultos em 70 países e territórios em que a
língua inglesa não é o idioma nativo. Foram avaliados gramática, vocabulário,
leitura e compreensão, conferindo à capital uma média de 54,17 pontos no Índice
de Proficiência em Inglês (EPI). Os números do DF estão acima da média nacional
— 51,05 pontos.
Para
o secretário Adjunto de Turismo de Brasília, Jaime Recena, há
muitos esforços do governo e da sociedade para criar interesse no idioma. “O turismo é hoje um dos setores mais promissores para
a geração de empregos no Brasil, o número de turistas estrangeiros que
desembarca em nosso País cresce acima da média mundial. Em Brasília, 35% dos
visitantes de outros países que chegam à cidade todos os anos são norte-americanos”,
diz ele.
“Entendemos
que o turismo é um negócio global e extremamente competitivo. O setor coloca
profissionais diante de seus clientes para que produtos e serviços possam ser
ofertados, e o cenário atual de Brasília está exposto à atenção do mundo,
fazendo com que a população precise interagir com turistas estrangeiros em
diversas oportunidades. Aqui, entra a importância de um idioma como o inglês”,
completa o secretário.
A
paulistana gerente de contas Cristina Procópio de Souza observou que, nos bares
e restaurantes da capital, é comum encontrar cardápios traduzidos para outros
idiomas. “Vim com meu marido, estamos hospedados em Taguatinga, local distante
do centro e do turismo. Ainda assim, temos várias opções de atendimento
bilíngue”, afirmou
Para o
professor de inglês Sérgio Marques, isso ocorre porque o brasiliense está
acostumado a frequentar escolas de línguas particulares desde a infância.
“Brasília é uma cidade que absorve cultura, até pelos altos rendimentos
familiares. Quem pode bancar matricula os filhos”, argumenta. Para ele, o
idioma não é mais um diferencial, e, sim, algo básico para o brasiliense.
“Hoje, você se impressiona com quem fala três, quatro línguas. Aqui, português
e inglês são o mínimo.”
Recena
lembra que a Copa do Mundo de 2014 já aqueceu o setor e, com os Jogos Olímpicos
de 2016, não será diferente. “A nossa expectativa é que se atenda
brilhantemente à demanda deste evento e aumente o fluxo de visitantes que virá
como consequência da massiva exposição que o País e suas belezas naturais terão
neste período, gerando um ciclo, pois se sabe que é bem comum um estrangeiro
que tenha visitado o Brasil voltar com familiares e amigos em outras ocasiões”.
Foto/Ilustração: Blog - Google