O esforço da deputada Celina Leão em
ajudar os 1,8 mil servidores endividados junto ao Banco de Brasília (BRB) está
mobilizando os interessados e obtendo da Diretoria do banco um espaço para
negociação. A deputada já intermediou algumas reuniões com o presidente do BRB,
Vasco Gonçalves, a fim de conseguir uma negociação que traga benefícios aos
servidores que têm débito com o banco, mas não se recusam a pagar a dívida.
Nesta quinta-feira (4), representantes
da instituição bancária, diretor Alino Donizetti Queiroz, o gerente Daniel
Silva e o superintende de governo, Marcio Hipólito de Azevedo, estiveram na
CLDF para participar de uma reunião e dar uma posição aos 35 representantes dos
endividados.
A reunião contou com depoimentos
emocionados dos servidores superendividados com o BRB, uma vez 2que muitos dos
trabalhadores estão sem receber salários, pois toda a remuneração é destinada
ao pagamento de empréstimos ou débitos de cartão de crédito. Eles foram
mediados pelo deputado Júlio César (PRB), em continuidade à interlocução
iniciada pela presidente da CLDF, Celina Leão, e contou com a presença do
defensor público-geral do DF, Ricardo Batista.
De acordo com Júlio César, o BRB havia
se comprometido a deixar 30% das remunerações na conta dos correntistas, até ocorrer
a negociação das dívidas. "Ontem fizemos um teste e ligamos para alguns
gerentes, que não estavam cientes do acordo. Acordos têm de ser cumpridos e o
BRB é o banco de Brasília", avaliou o parlamentar.
"O BRB tem todo o interesse em
equacionar isso. Sabemos que o endividamento é uma bola de neve", disse o
superintendente de Financiamentos e Empréstimos da instituição, Alino Donizetti
de Queiroz. Ele informou que, além de estonar 30% dos salários para as contas
dos superendividados – o que deverá ser feito de forma imediata –, o banco
pretende lançar um plano de renegociação já na segunda quinzena de fevereiro,
incluindo o treinamento de gerentes para atendimento individual, com o intuito
de estudar condições, prazos e linhas de créditos acessíveis para cada uma das
negociações. Além disso, os endividados deverão ser convidados para uma
palestra de educação financeira.
Alguns servidores relataram histórias
pessoais e expondo suas situações. Uns disseram que estão vivendo de doações;
outros estacam até a falta de dinheiro para pagarem a passagem para o serviço e
até para as reuniões. Uma PM contou ter devolvido a arma para a corporação por
ter pensado em suicídio e necessitar de acompanhamento psicológico.
Os presentes apresentaram aos
representantes do BRB diversas opções de negociação para pagamentos dos
débitos, inclusive, a utilização de precatórios e licenças-prêmio dos
endividados para amortizar as dívidas. Já representantes da Defensoria Pública
sugeriram moratória temporária das dívidas, por 90 dias, até o banco apresentar
uma proposta concreta. O superintendente do BRB ficou de levar as propostas
para a diretoria da instituição e trazer uma resposta na próxima semana, após o
carnaval.
Fonte: Assessoria de Comunicação Celina Leão