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Ginásio Nilson Nelson passa por reforma para evitar vexame na final da Superliga

Operação tapa-buraco: A pouco mais de 40 dias de uma das finais da Superliga, marcadas para Brasília, governo corre para consertar o telhado do Nilson Nelson

A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) anunciou, há dois dias, que Brasília será a sede das finais da Superliga Feminina e Masculina. Coincidentemente, nesse mesmo período, a cobertura do Ginásio Nilson Nelson começou a ser reparada — os operários podem ser vistos a quilômetros de distância retirando as telhas do local. A reforma — iniciada a 43 dias da primeira decisão do principal campeonato nacional da modalidade — visa evitar novo vexame com goteiras, como ocorreu no Torneio Internacional de Handebol, que teve de ser cancelado no fim de novembro de 2015. O que era para ser uma competição preparatória para o Mundial acabou como jogo-treino no Centro de Capacitação Física do Corpo de Bombeiros.


“Vamos trocar tudo. As telhas estavam muito velhas e ressecadas, não dá para aproveitar nada”, comentou um dos trabalhadores da obra. Segundo os funcionários, a reforma deve durar duas semanas. Para a reforma se concretizar, foram necessários 81 dias desde o episódio vergonhoso diante de quatro seleções internacionais de handebol. Ao menos, os brasilienses poderão, enfim, comparecer ao ginásio sem antes recorrerem a São Pedro. Os problemas no telhado do Nilson Nelson ocorrem há, pelo menos, cinco anos. Em 2011, o Mundial de patinação artística foi o prejudicado pelas goteiras.

Brasília será sede das duas decisões: a feminina, em 3 de abril, e a masculina, sete dias depois. Ambas serão em jogo único, como ocorre desde a temporada 2007/2008. Por telefone, a subsecretária de Esporte e Lazer do DF, Leila Barros, explicou ao Correio que a CBV procurou o GDF se dizendo interessada em sediar as decisões do campeonato em “campo neutro”, buscando fugir do eixo Rio-São Paulo-Minas.

Em outras edições, houve polêmica sobre a escolha do local da decisão, disputada na cidade de um dos times finalistas que não necessariamente tinha realizado a melhor campanha na fase classificatória. E apesar de a capital contar com um representante na Superliga Feminina, o Brasília Vôlei não é tido como candidato a chegar à final.

Diante do interesse da CBV, nem os contratempos ocorridos no principal ginásio de Brasília foram capazes de alterar a escolha da sede. “Nós falamos dos problemas que tivemos, mas nos mostramos dispostos a resolver. Temos a questão do telhado, todo mundo sabe. Já estávamos tentando resolver, até para receber eventos de outras modalidades também”, pontuou Leila. Sobre o orçamento das adequações necessárias ao local, a subsecretária respondeu não haver “levantado ainda”.

“A CBV só quis o ginásio e o translado para a cidade. O que eles pediram a mais, a gente não aceitou. Como queriam muito fazer as finais em Brasília e nós também mostramos interesse, eles entenderam”, disse Leila. Do outro lado, no comunicado que justificou a escolha pela capital, a CBV afirmou que a cidade “ter um ginásio que oferece boa estrutura”. A confederação não retornou a solicitação do Correio, feita por e-mail e por telefone, para comentar a opção.

Sonho
Na terceira edição em que disputa a Superliga Feminina, o Brasília Vôlei buscará a inédita classificação para as semifinais, o que já seria considerado uma façanha devido à dificuldade dos adversários nos play-offs. Entre as mulheres, o Rio de Janeiro — comandado pelo também técnico da Seleção Masculina, Bernardinho, — e o Osasco são fortes candidatos a repetir a final da última edição, que sagrou a equipe carioca campeã pela 10ª vez.

Nesta temporada, porém, o Praia Clube surpreendeu e vem com tudo para tentar roubar uma vaga na decisão. O Minas, da oposta Tandara, e o Sesi-SP, da ponteira Jaqueline, terão de jogar mais do que mostraram na fase classificatória para garantir uma visita a Brasília em 3 de abril. Talento e títulos não faltam aos dois elencos.

No masculino, o grande favorito ao título é novamente o Sada Cruzeiro, campeão na temporada passada e atual líder do torneio. Na cola dele, porém, está o Taubaté, que conta com o ponteiro Lucarelli, umas das principais estrelas da Seleção Brasileira. E quando o assunto é a Seleção, o Sesi-SP é sempre tido como referência e, claro, forte candidato à final. O ponteiro Murilo e o líbero Serginho, além do oposto Theo, deixam qualquer rival preocupado. Nesta temporada, o time paulistano ainda contou com a volta do ponteiro Thiago Alves e do central Sidão.



Fonte:  Maíra Nunes – Correio Braziliense - Fotos/Ilustração: Blog - Google

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