As psicólogas Laís Melo e Lorena Menezes são sócias
da Dim Dom Babysitters, que surgiu como um projeto universitário. Empresa conta
com 22 funcionárias e já atendeu cerca de 80 famílias na capital
Deixar os filhos em casa, principalmente em idade tenra, é preocupação
constante para os pais. Os de primeira viagem, então, custam a confiar em
outras pessoas para cuidar dos pequenos durante algumas horas. Pensando nisso,
as psicólogas Laís Melo, brasiliense, e Lorena Menezes, carioca, ambas de 27
anos, iniciaram um projeto que sofisticou o mercado de babás no Distrito
Federal.
A ideia surgiu ainda nos tempos de Universidade de Brasília (UnB), em
2013. As amigas, que se formaram juntas, escolheram a psicologia justamente
para poder trabalhar com crianças. Unindo o útil ao agradável, fundaram a Dim
Dom Babysitters. “Queria atuar nessa área, mas não tinha vontade de trabalhar
em escola, por exemplo. Pensei em algo diferente, que não existia aqui”, conta
Laís.
"Foi um momento em que eu estava
bem desmotivada com o curso. Fiquei empolgada demais. A ideia começou como um
projeto universitário. Não imaginávamos que chegaria até aqui."
(Lorena Menezes, psicóloga e sócia da
Dim Dom)
A empresa começou com as duas. Hoje, conta com 22 pessoas, que já
atenderam uma média de 80 famílias do DF. Para fazer parte da equipe, as babás
passam por um treinamento teórico e são observadas pelas sócias em pelo menos
três atendimentos.
O sucesso de hoje, no entanto, foi
conquistado com muito esforço. Não foi fácil ganhar a confiança da clientela –
tanto dos pais quanto dos pequenos. Lorena lembra que uma menina de 7 anos
relutou em aceitar o primeiro contato com as sitters. “Chegamos lá e ela
estava aos prantos. Disse que seria a pior noite da vida dela. Mas brincou
tanto que, quando o pai chegou em casa, disse que ainda não era hora”, relembra
a psicóloga, com um sorriso no rosto.
O orgulho das amigas fica claro ao falarem do diferencial do serviço.
Além de cuidar dos pequenos no período em que os pais estão fora de casa, elas
focam no desenvolvimento social da meninada. “Nos preocupamos muito em dar
recursos para que eles possam se posicionar diante de situações que enfrentam
no dia a dia. Fazemos muito disso por meio da brincadeira, trabalhando a
autonomia da criança”, explica Laís.
Em concordância, Lorena ressalta o respeito pelos clientes mirins:
“Afinal, vendemos o produto para eles também. Não é só para os pais”.
Lorena (esq.) e Laís (dir.) deram
início à Dim Dom Babysitters ainda na faculdade
Como funciona
Na empresa, cada “tia” é conhecida por um bichinho. O tema está presente na
logomarca da Dim Dom, ilustrada com um leão e um coelho – que representam
Lorena e Laís, respectivamente. Os pais podem solicitar os serviços das babás
por e-mail ou telefone, sempre com 48 horas de antecedência.
Após a solicitação, a empresa dá um prazo de 24 horas para confirmar a
disponibilidade do serviço, que pode ser estendido ao cuidado de mais de uma
criança. “A ideia original era a de uma atividade pontual, para quando os pais
precisassem sair. Mas, hoje, já fazemos o acompanhamento de algumas crianças
com certa frequência”, relata Laís.
Cada hora do serviço custa R$ 50. Caso o atendimento seja para duas
crianças, a empresa cobra um adicional de 40% no valor de cada 60 minutos. As
babás levam uma mala de brinquedos para a casa de cada cliente, com a qual
trabalham o desenvolvimento motor e emocional dos pequenos.
A maioria da clientela está na faixa dos 3 anos. No entanto, em casos
específicos, já chegaram a atender pessoas de até 44. “É uma moça que tem
síndrome de Down e os pais nos chamaram para fazer atividades lúdicas com ela.
Já tivemos um outro, de 21 anos, que também precisava de assistência nesse
sentido”, revelou Lorena. A criança mais jovem que a Dim Dom atende hoje tem 7
meses.
Reconhecimento
Na página
da empresa, os clientes elogiam o serviço prestado. Pais de Juliana, de 3
anos, Kaska e Eduardo utilizam a Dim Dom desde 2014 e afirmam que o
atendimento para a filha não poderia ser melhor. “As pessoas […] são
capacitadas, prestam atenção à criança e às necessidades dela”, escreveram.
“Para nós, a Dim Dom não é um serviço de babás, é um investimento no
desenvolvimento da nossa filha, pois podemos contar com pessoas carinhosas,
capacitadas e comprometidas, que cuidam e ensinam de maneira lúdica”, publicaram
Lenise e Diogo, pais da pequena Alice, de 1 ano.
Os planos para o futuro ainda estão em aberto. As sócias contam que
a vontade é expandir o negócio também para outras áreas, com ideias como a
Dimdosos, para idosos, e a Dim Dog, para cães. “Mas isso ainda nem foi para o
papel. Está apenas no campo da imaginação”, concluiu Lorena.
Serviço
Os
interessados podem entrar em contato com a Dim Dom pelo e-mail dimdombabysitters@gmail.com ou
pelos telefones (61) 3702-2725 e (61) 98218-0856.
Fonte: Caroline Bchara = Fotos: Rafaela Felicciano - Metrópoles