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NA PRAIA SOCIAL » Lugar para viver coisas novas

                Grupo se diverte com ciranda liderada pelo grupo Fuá e Seu Estrelo

A sensação de liberdade com o pé na areia, embaixo dos coqueiros e com vista para o Lago Paranoá, fez de ontem um dia inesquecível para muitas crianças, jovens, adultos e idosos de várias regiões carentes do Distrito Federal. Ao som de música popular de Fuá de Terreiro e Seu Estrelo e apresentações culturais como o Boi de Seu Teodoro, cerca de 800 pessoas puderam praticar atividades esportivas e usufruir de uma estrutura moderna e inovadora, que vem movimentando as baladas na capital federal. Essa é a proposta do projeto Na Praia Social, que chega à segunda edição este ano. O evento é realizado pela R2 Produções.

Até 24 de agosto, sempre às terças e quartas, a praia artificial de Brasília receberá mais de 4 mil pessoas, entre estudantes da rede pública e beneficiários de projetos sociais. No período, a Fundação Assis Chateaubriand vai levar um total de 2,5 mil alunos dos sete Centros Olímpicos e Paralímpicos que atende: Ceilândia (Parque da Vaquejada e Setor O), Estrutural, Riacho Fundo I, Samambaia, São Sebastião e Sobradinho.

Aluna da unidade da Estrutural, Marta Ferreira de Almeida, 63 anos, conta que nunca viajou para uma praia de verdade e ficou feliz com a oportunidade do passeio. “A gente mora num lugar muito apertado e aqui estou sentindo um alívio, parece que estou voando num paraíso, tudo é muito bonito. Bom demais sentir a natureza”, comentou.

O pequeno Marcos Pablo Teles, 11, estudante e morador do Riacho Fundo I, curtiu brincar na praia artificial e ainda teve a chance de colocar em prática o que aprendeu no curso Jovem Árbitro, ministrado no Centro Olímpico. “Fiquei feliz de estar aqui e participar das brincadeiras. Aqui a gente se sente livre, é bonito ver o movimento das águas e poder apitar os jogos de futebol de areia nesse lugar tão legal”, disse o garoto.

Os participantes do projeto Na Praia Social desfrutam de uma programação especialmente criada para o evento. Contação de histórias, distribuição de livros e apresentação de grupos de cultura popular estão entre as atividades culturais. Os demais espaços dão lugar ao futebol de areia, vôlei de praia, frescobol, peteca, aulões de ritmos e capoterapia. Além dessas atividades, os alunos com deficiência também se divertirão com jogos de bocha adaptada. O acesso de todos é gratuito.

Segundo o coordenador do projeto Na Praia Social, Eduardo Azambuja, a ideia é ampliar a cada ano o acesso de moradores de regiões carentes do DF à estrutura, levando cultura, esporte e consciência ambiental: “Queremos trazer mais gente para conhecer. Ver as pessoas de todas as idades se emocionando ao chegar aqui é muito gratificante. Um projeto com esse nível de inovação tem que ser conhecido por todos.”

Poder proporcionar a essas pessoas uma saída da rotina é importante para abrir horizontes, avaliou Eduardo Gay, gerente de projetos da Fundação Assis Chateaubriand. “A grande maioria dos nossos alunos nunca saiu da sua região. É um momento de alegria trazê-los para ter um dia diferente fora do ambiente que estão acostumados, num ambiente mais despojado.”


Fonte-Foto: Camila de Magalhães – Correio Braziliense

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