A nova legislação amplia o uso do
parque tecnológico para
empresas do setor de
biotecnologia
O Parque Tecnológico de Brasília –
BioTIC foi elaborado pela Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal
(Terracap), em parceria com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, e é
considerado estratégico para o governo de Brasília. O projeto representa uma
mudança na matriz de desenvolvimento econômico do Distrito Federal, que hoje é
focada no serviço público.
Brasília concentra universidades e
instituições de pesquisa. A ampliação do escopo do Parque Tecnológico permite a
aproximação das empresas com as entidades que desenvolvem pesquisas
tecnológicas, fomentando o desenvolvimento e a inovação. Com o novo modelo do
Parque Tecnológico, que agrega a biotecnologia, o governo de Brasília objetiva
atrair de startups a multinacionais para aumentar a cooperação e a criação de
negócios entre empresas, universidades e centros de pesquisa.
As entidades representativas do setor
de inovação participaram amplamente das discussões e colaboraram para a
definição do novo modelo do Parque Tecnológico.
O novo conceito, que antes estava
restrito à Tecnologia da Informação e Comunciação (TIC), consiste em agregar,
no mesmo local, as universidades com empresas de tecnologia, desenvolvendo
inovação para os setores de biotecnologia, nanotecnologia, robótica e cidades
inteligentes. O local ainda terá empresas âncoras com o objetivo de gerar
negócios para o desenvolvimento das empresas locais.
O termo BioTIC reflete essa nova visão,
unindo a Biotecnologia e as empresas de TIC. Espera-se que a geração de
produtos, processos e serviços, ancorados na base dos recursos do Bioma Cerrado
e no conhecimento, deverá agregar um grande mercado potencial e contribuir para
o desenvolvimento de cadeias de valor, gerando riquezas no setor de Tecnologia
da Informação, na Agricultura, na Saúde e na Indústria.
Dados apresentados na plataforma LATTES
do CNPq ainda comprovam a vocação da capital federal para a área de
biotecnologia. De acordo com o levantamento, 50% dos profissionais com doutorado
que atuam no DF são de setores correlatos à biotecnologia, reforçando o
potencial para o desenvolvimento nesse segmento, que poderá ser ampliado com o
apoio das empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TICs).
Viabilidade do BioTIC - O BioTIC
será gerido por um Fundo de Investimentos. A Terracap investe com o lote,
avaliado em cerca de R$ 1,3 bilhão. E o fundo privado fará a gestão e a
manutenção do parque. Espera-se que os investidores privados façam um aporte de
aproximadamente R$ 1,7 bilhão, totalizando R$ 3 bilhões. Nos próximos
dias, a Terracap iniciará a licitação para escolher o agente financeiro que vai
gerir o fundo.
Por meio da criação do BioTIC, será
possível aumentar a cooperação e a geração de negócios entre empresas e centros
de pesquisas. Com as inovações, setores como biotecnologia, nanotecnologia,
saúde, cosméticos, energia, agricultura e segurança também serão desenvolvidos.
O BioTIC ocupa uma área de 123 hectares
(1.230.000 m2) e possui todas as licenças ambientais para o seu funcionamento,
o que garante os padrões de sustentabilidade do empreendimento. O Parque também
possui toda a infraestrutura de engenharia necessária para o seu pleno
funcionamento. As obras de pavimentação, drenagem, sistemas de abastecimento de
água e de coleta e tratamento de esgotos e fornecimento de energia estão
concluídas.