Julio Cesar Azevedo, Iara de Cunto, Gisele Santoro, Marcia Rollemberg,
Regina Maura, Rodrigo Rollemberg e secretário de Cultura do DF Guilherme Reis
Notícia boa de dar!
*Por Jane Godoy
Ao longo do tempo, toda vez que mencionamos esse ou
aquele espaço de Brasília que, não sabemos por que está abandonado, fechado, se
deteriorando e sem chance aparente de ser recuperado ou reaproveitado, acabamos
identificando-o como ponto morto. Infelizmente, nossa cidade é detentora de uma
coleção deles. Uma verdade inexplicável e doída, principalmente quando vemos
outras comunidades lutarem para ter onde instalar seus projetos, de várias
finalidades, e não terem como.
E Brasília sendo obrigada a desperdiçar tantos
pontos mortos, os quais temos que aprender a ignorar e fingir que eles não nos
incomodam.
Por isso, hoje, estamos cheios de alegria e
satisfação por contar aos leitores que temos chance, sim, de “ressuscitar”
quantos pontos mortos quisermos. Basta ter vontade de fazer isso e de levar a
sério essa nobre empreitada.
Na quarta-feira (28), no Setor Cultural Norte,
aconteceu a reabertura do Centro de Dança do Distrito Federal, com a presença
de dezenas de dançarinos, bailarinos, coreógrafos, artistas e autoridades
públicas para celebrar uma conquista aguardada há pelo menos cinco anos, desde
que foi fechado por problemas estruturais.
Agora totalmente revitalizado, com espaço para
ensaios e pesquisa, o Centro de Dança do DF será gerido em parceria com a
sociedade civil. O projeto integra o Programa Lugar de Cultura, de ações
continuadas para a valorização e a preservação do patrimônio da cidade.
São cinco salas destinadas às práticas corporais;
sete para práticas de produção, gestão e reflexão teórica; videoteca; jardim
interno, salão de estar e cozinha.
Apresentação de balé clássico no novo espaço
O secretário de Cultura, Guilherme Reis, ressaltou
a participação popular como um pilar fundamental da reabertura do Centro de
Dança. “Essa é a primeira entrega de um equipamento público cultural que teve
100% da revitalização realizada em diálogo com a sociedade civil, desde a
definição do perfil do uso até a formulação da primeira política específica
para o setor (Política de Estímulo e Valorização da Dança – Portaria nº 250),
com princípios que vão reger a utilização deste espaço e tudo relacionado à
dinamização, crescimento e fomento da atividade da dança”, garantiu.
Para o secretário, a reabertura do Centro de Dança
vai contribuir para a retomada do estímulo à pesquisa e ao desenvolvimento do
setor em todo o Distrito Federal. “Aqui, hoje, há muita gente que fez a
história da dança de Brasília e certamente outras que darão continuidade a esse
legado”, afirmou.
O governador Rodrigo Rollemberg reafirmou o
compromisso do governo com a democratização do acesso aos recursos da cultura.
“Assim como os editais regionalizados do FAC, esse espaço vai ser um templo da
diversidade cultural do Distrito Federal. Uma diversidade que nós devemos
ampliar e fortalecer cada vez mais”.
Neste primeiro ano, a programação ficará a cargo da
Associação Conexões Criativas, organização da sociedade civil selecionada por
meio de chamamento público. “Sabemos que aqui é um espaço de luta, resistência
e arte. Queremos compor essa gestão de forma colaborativa, com muito carinho e
cuidado”, resumiu Jorge Alencar, representante da associação.
“Revitalizar e abrir novamente esse espaço da dança
é muito importante para a cidade, porque fortalece todo um trabalho de formação
artística, de oportunidade de intercâmbio, de pesquisa. Eu tive um irmão
bailarino, que nasceu na cidade e representou Brasília pelo país e no exterior.
Pra mim é hoje um momento de muita emoção, um encontro com a minha história.”
afirmou Márcia Rollemberg, primeira dama do Distrito Federal.
(*) Jane
Godoy – Coluna 360 Graus – Fotos: Renato Araújo/Agência Brasília – ASCON/Secult
–DF – Correio Braziliense