As ocupações por desocupados
*Por Circe Cunha
Preocupados não só em ganhar o pão de cada dia, mas em entregar, no
prazo, a declaração escorchante do Imposto de Renda, os brasilienses, que tudo
financiam, não têm tempo para acompanhar as estripulias que vêm ocorrendo no
câmpus da Universidade de Brasília, subvertida por amotinados que, ao que tudo
indica, passaram a controlar a instituição.
O estilo do tipo “amiguinha”, que vem sendo desenvolvido pela reitora
eleita, Márcia Abrahão, não impediu que ela viesse a ser alijada à força de seu
gabinete pelos invasores, que vão, aos poucos, impondo suas vontades, como
meninos mimados, birrentos e sem rumo. Deve-se à falta de um comando efetivo a
atual situação de balbúrdia que parece ter tomado conta da universidade,
contaminando todo o câmpus e prejudicando, sobremaneira, os trabalhos e aqueles
alunos e professores sérios e comprometidos com a educação.
Ao sobrepor pautas ideológicas de cunho partidário aos interesses
puramente pedagógicos, o que a atual direção dessa instituição tem feito, na
verdade, é escancarar as portas da universidade para o oportunismo político,
principalmente aquele que decorre da prisão do ex-presidente Lula por crime
comum.
De fato, a reitoria deixou que a universidade fosse contaminada de alto
a baixo pelos acontecimentos recentes, o que, na prática, significa que não
caberá, de modo algum, à UnB resolver os problemas que Lula atraiu para si. A
comunidade não é tola e sabe muito bem que a ocupação da Reitoria obedece a um
chamamento geral, mais precisamente à Jornada Nacional de Lutas, pregada por
movimentos como o MST e o MTST.
Nesse sentido, a ocupação do tríplex no Guarujá, que, segundo Boulos, é
de Lula, as invasões de terras que vêm ocorrendo em muitas regiões pelo Brasil
afora e a ocupação da reitoria da UnB representam peças de um mesmo esquema,
que visa a desestabilização do país, conforme orientação expressa desses
movimentos insurrecionais.
Não é por outro motivo que são justamente as deputadas petistas Erika
“Lula” Kokay (PT-DF) e Margarida “Lula” Salomão (PT-MG) que vêm se colocando
como “intermediadoras” do movimento e, como tal, “buscam uma saída” para a
ocupação. Na verdade, o que essas parlamentares têm feito é jogar gasolina na
fogueira, na qual ardem, além da vaidade de cada uma e da reitora, tudo o que
parece restar de bom senso e razão numa instituição que já foi orgulho para a
cidade e que hoje se encontra abduzida por alienígenas de cabeça oca, metidos
em seus uniformes vermelhos.
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A frase que não foi pronunciada
“Democracia
com urnas suspeitas não vale nada! Auditoria internacional já!” (Autor de Casa de papel traçando estratégia para evitar mais surpresas)
21 de Abril
»Recebemos do amigo pioneiro dr. Marinaldo Guimarães a seguinte
sugestão: que durante o aniversário da cidade seja implementado um espaço
denominado Praça das Bandeiras, com a intenção de divulgar cada região
administrativa com suas características, data da inauguração, população,
brasão, bandeira e hino. Dessa forma, segundo o dr. Guimarães, as futuras
gerações terão acesso à história.
Absurdo
»Não há no Lago Norte quem impeça proprietários de terrenos de deixar ao
ar livre restos de obra, madeira e barras de ferro, formando um criadouro de
pragas e bichos peçonhentos e colocando em risco a saúde da comunidade
circunvizinha. Faça chuva ou sol, o perigo vai sempre morar ao lado.
Livremente, porque quem tem autoridade para impedir prefere se abster.
(*) Circe Cunha – Coluna “Visto, lido e ouvido” – Ari Cunha – Correio
Braziliense – Foto/Ilustração: Blog - Google